sábado, 4 de outubro de 2008

AINDA SOBRE O COB




Em primeiro lugar, não dá para deixar de comentar o modo como foi convocada a eleição no Comitê Olímpico. Às pressas, às escuras, tentando driblar
a imprensa e irritando até as confederações - certamente não a de basquete, já que o Grego aparece na primeira fila em foto publicada no Globo. É incrível que a maior instituição esportiva do país lance mão de artifícios tão pequenos para manter seu presidente no poder durante mais quatro anos.

Dito isso, voltamos ao debate sobre o repasse de verbas, como sugeriu o Coach Vito na caixinha. A solução não é simples, mas alguns critérios me parecem óbvios. Um deles é levar em conta, logo de cara, quais modalidades já recebem patrocínios de empresas estatais. Vôlei, basquete e natação, por exemplo, já contam com uma boa grana pública para seus investimentos.

Os recursos da Lei Agnelo/Piva, ao meu ver, deveriam ser mais concentrados em esportes
que são menos favorecidos financeiramente. A partir daí, é preciso ver quais modalidades têm um potencial maior para crescer, quais presidentes administram melhor o dinheiro, enfim, uma série de pontos para que a divisão não fique
só baseada nos resultados.

E vocês, o que acham? Quais deveriam ser os critérios para a divisão? Sugestões na caixinha! E não esqueça de dar uma passada na comunidade do Orkut.

4 comentários:

Unknown disse...

Acho que deveriam investir em modalidades que têm mais disputa de medalha em jogos, como a natação, o atletismo, canoagem, algumas lutas, a ginastica e até mesmo o levantamento de peso. Esportes que são divididos em muitas categorias. Mas é claro que deve se levar em conta a boa administração dos presidentes. Acho que quem quer subir no quadro de medalhas deve investir em esportes em que há em disputa um numero maior de medalhas

Anônimo disse...

Algumas sugestões e observações:

1) Como funciona em outros países? Devemos verificar as experiências existentes e aproveitar o que for positivo e adaptável a nossa realidade;

2) Para quê finalidade devem ser investidas verbas públicas no esporte? Na minha opinião o patrocínio do esporte de alto rendimento serve para que sejam criadas condições para que cada vez mais brasileiros pratiquem esportes a partir do exemplo de atletas de sucesso. A prática de esportes serve para: melhorar nossa qualidade de vida; ensinar lições de cidadania principalmente para os jovens; direcionar as crianças para atividades positivas, etc. Sob esse ponto de vista, não devemos pensar somente em ganhar mais e mais medalhas, mas ganhá-las naqueles esportes que podem cumprir tal missão. Seria o caso, por exemplo(me perdoem os aficcionados desses esportes), do levantamento de peso e do boxe?

3) A sugestão do Rodrigo de priorizar os esportes que não tem patrocínio de estatais tem que considerar que, além do retorno que apenas alguns podem dar ao patrocinador, os custos de cada esporte são diferentes. A ginástica, por exemplo, trouxe um técnico ucraniano consagrado para sua seleção. Quanto custaria ao basquete, por exemplo, trazer um técnico de ponta? As realidades são diferentes e os custos também, e isso deve ser pesado;

4) Poderia-se estabelecer prazos razoáveis (8 anos?) e cobrar metas não só ligadas a desempenho (medalhas), mas considerando número de praticantes, dispersão da modalidade pelo país, exigência de nível de qualificação dos profissionais, interesse despertado no publico, intercâmbio e outros indicadores que avaliem não somente os resultados imediatos;

5)Fora os esportes mais tradicionais, priorizar aqueles de baixo custo de implantação e manutenção, adaptados a realidade brasileira e cuja prática seja benéfica para os não profissionais. Ex.: ciclismo (exceto pista).

Bom, essas são as sugestões que consigo lembrar no momento (não sendo um especilista no assunto).

Abs.

Anônimo disse...

jdinis,
concordo com voce, acho que e por ai, nao temos esporte pra ganhar medalhas na olimpiada, o que e muito bacana, mas o investimento deveria ser feito nos esportes que trabalham em prol de trazer mais criancas e jovens para o esporte.
tambem nao sou nenhum especialista, mas acho que e por ai.
valeu.

Anônimo disse...

Só um adendo. A CAIXA já investe desde 2001 no atletismo, inclusive em diversos programas de base e descoberta de talentos. E desde 2006 ou 2005 não sei ao certo, investe também na ginástica, não só na artística mas também na rítmica. Acho que vale tirar o chapéu para a CAIXA, pois mais uma vez cumpre o seu papel de responsabilidade social, investindo em categorias que podem ser massificadas e não necessariamente de grande retorno de imagem. Tanto é assim que o Rodrigo e ninguém no post percebeu o patrocínio da CAIXA às referidas modalidades.

PS: não sou funcionário da CAIXA. Apenas um aficcionado por esporte.