domingo, 28 de fevereiro de 2010

A PRIMEIRA VITÓRIA




Paulo Murilo ganhou a primeira à frente do Saldanha da Gama, 91-85 na casa do Paulistano. Neste domingo, o time cometeu muitos erros (22), mas manteve a calma nos chutes de três (só nove tentativas, com cinco acertos), aproveitou bem os de dois (27/53), ganhou nas assistências (18-16) e deu novo show nos rebotes (42-20), além de repetir a boa participação do banco (35 pontos dos reservas, contra 15 do rival).

Outro destaque da rodada foi o Palmeiras/Araraquara, que impôs
a segunda derrota seguida ao Brasília (95-90). O líder do NBB,
que não teve Alex, Nezinho e Mineiro, suspensos, já começa a
ver sua condição ameaçada. Agora a equipe tem três derrotas,
contra quatro do Flamengo e cinco de Franca.

sábado, 27 de fevereiro de 2010

TEM ALGO NOVO NO AR




Durante a rodada de ontem do NBB, fiquei na redação do Globoesporte.com de olho em três jogos: os dois principais da rodada, que teriam matérias no site (Franca x Brasília e Flamengo x Joinville), e um meio escondido, que não chamava tanta atenção: Pinheiros x Saldanha da Gama. Era a estreia de Paulo Murilo, do blog Basquete Brasil, como técnico do Saldanha. Fiquei muito curioso para ver, mas como a partida não estava na TV, o jeito foi acompanhar pelas estatísticas na página da liga. Na frieza do resultado, o Pinheiros venceu por 98-85 e manteve o time capixaba na lanterna. Mas os números disseram mais que isso.

Os comandados de Paulo Murilo arremessaram só oito bolas de
três durante todo o jogo – em determinado momento do terceiro
quarto, só tinham chutado uma única vez de longa distância.
O aproveitamento foi ruim (2/8), mas o fato de lançar modestas
oito bolas de três já me parece um quase-milagre no cenário do
basquete brasileiro. Nos lances de dois pontos, foram 64 tiros,
com bom aproveitamento de 53%. E os desperdícios? Apenas
sete, a metade do adversário, outro fato bastante louvável.

O Saldanha ainda ganhou do Pinheiros nos rebotes (33-25) e nos pontos dos reservas (35-8). Fez jogo duro nas assistências (14-16), nas roubadas (4-6) e nas faltas (23-23). Como perdeu o jogo por 13 pontos então? Não sei. Talvez no aproveitamento ruim dos lances livres (11/26, 42%). E Paulo Murilo já tinha detectado que esse é um dos pontos fracos da equipe – escreveu neste artigo há mais de uma semana e chegou a fazer treinos diferentes, forçando os jogadores a arremessar de olhos vendados.

A defesa também não dever ter ido muito bem, já que o time sofreu 98 pontos e permitiu 30 de Brewer. Compreensível para a primeira partida de um início de trabalho. Sem ver o jogo, fica difícil analisar os motivos da derrota. Por outro lado, mesmo levando em conta só os números, dá para imaginar que temos algo novo no ar. Tomara que, com a sequência dos treinos, a equipe cumpra sua evolução. Só sei que, desde já, o Saldanha da Gama é o time que, hoje, eu mais tenho curiosidade para ver em ação.

O BASQUETE COMO CAMINHO


Para quem não viu ontem, segue uma matéria do Globo Esporte
sobre a atleta Layana Souza, promessa do basquete carioca.
Moradora da Rocinha, ela encontrou a bola laranja através do
projeto VemSer, do técnico competente e boa-praça Raphael
Zaremba. Como se não bastasse o esporte, foi um caminho para
chegar a uma faculdade, enchendo a mãe de orgulho. Confira:

DANÇA DOS NÚMEROS


19, 17, 16


Foram os pontos, assistências e rebotes de Jason Kidd na vitória
do Dallas sobre o Atlanta na noite de sexta-feira, por 111-103, na
prorrogação. Uma performance primorosa. De quebra, ainda foi
esperto ao cavar uma falta do técnico (?!?) rival, Mike Woodson,
que estava pisando dentro da quadra. Kidd, na lateral, forçou o
contato, e os árbitros não tiveram outra saída a não ser marcar
uma falta técnica contra os Hawks, lance fundamental no quarto
período. Não viu? Confira o no vídeo abaixo e diga o que achou.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PROMESSA REBAIXADA






Pela primeira vez na história, um jogador escolhido na segunda
posição do draft é mandado para a Liga de Desenvolvimento. A
façanha coube ao jovem Hasheem Thabeet. O pivô, selecionado
pelo Memphis Grizzlies, vai passar a jogar pelo Dakota Wizards.
A ideia inicial era usar o gigante como reserva de Marc Gasol,
mas a produção foi pífia – 2.5 pontos, 2.9 rebotes, 10.3 minutos.
Para o atleta, deve ser uma tremenda sensação de derrota. Mas
tomara que ele encare como oportunidade de desenvolvimento,
afinal é para isso que existe a D-League – o próprio nome diz.

DOIS PONTOS NO FEMININO


))) O Bala na Cesta coloca na roda mais um nome possível para
a seleção: Carme Lluveras, diretora-geral do Ros Casares.

))) Intenso troca-troca nos quatro grandes do basquete feminino
nacional. Confira os reforços de cada equipe para a temporada:
Catanduva (Micaela, Cíntia Tuiú, Natália), Santo André (Êga e
Tayara), Ourinhos (Fernanda Beling, Milene e Tatiele), Americana
(Karina Jacob, Karen, Mamá e Fabão). Elencos bastante mexidos.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A VOLTA DOS QUE NÃO FORAM




Leio no site da ESPN que Zydrunas Ilgauskas já chegou a um acordo com o Washington Wizards para ser liberado e, possivelmente, voltar aos Cavaliers. Pelas regras da NBA, o pivô poderia assinar imediatamente com outro time ou esperar 30 dias para retornar a Cleveland, onde jogou durante toda a carreira. Desde que a troca foi feita, todo mundo desconfiava que isso poderia acontecer, o que gerou reclamações de técnicos como Phil Jackson e Doc Rivers. E realmente, cá entre nós, a situação é ridícula.

Já aconteceu outras vezes, e vai continuar ocorrendo enquanto
estiver dentro da lei. Não dá para condenar times e atletas se
eles não estão fazendo nada de errado. A solução? Alterar a
regra. Volto a dizer que não sou jurista, mas me parece muito
simples: em vez de manter esse prazo de carência de 30 dias,
basta esticá-lo, por exemplo, para quatro meses. Duvido que,
assim, alguma equipe pensaria em usar o artifício numa troca.

Fato é que, se voltar mesmo, Ilgauskas vai deixar o amigo
LeBron James mais feliz. E os rivais Doc e Phil mais irritados.

UM ARGENTINO NO CAMINHO




Manu Ginóbili atualiza pouco seu Twitter, mas ontem ele não
resistiu. O argentino festejou a vitória sobre o Oklahoma City
Thunder, provavelmente porque ele, Ginóbili, foi o grande nome
da partida, ajudando a quebrar a sequência de Kevin Durant,
que tinha marcado 25 pontos em 29 jogos. Ontem, fez só 21,
perdeu por 95-87 e ainda levou esse toco incrível do hermano:

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

FALA QUE EU TE ESCUTO:


>>> "Ei, Camby, bem-vindo a Portland"

NATE MCMILLAN, técnico dos Blazers, comentando com bom humor a lesão sofrida por Marcus Camby no jogo de ontem contra o New Jersey Nets. Contratado para preencher o buraco aberto pelas graves contusões dos pivôs Greg Oden e Joel Przybilla, Camby torceu o tornozelo, caiu no chão cheio de dor e teve de abandonar a partida. Os primeiros exames indicam que o problema não é grave, mas que tem uma caveira de burro enterrada no garrafão em Portland, ah tem.

NETO E OS FRUTOS DA VIAGEM




Assistente técnico de Rubén Magnano na seleção masculina, José Neto passou os últimos dias em Bilbao, na Espanha, onde acompanhou a Copa do Rei, conquistada pelo Barcelona, e a Minicopa para jogadores de até 14 anos. Enviado pela CBB, ele não só viu os jogos, como conversou com técnicos, dirigentes e jogadores (na foto, com Splitter e Huertas, do Caja Laboral), especialmente nos clubes que contam com atletas brasileiros. Na volta ao Brasil, Neto bateu um papo com o Rebote e falou sobre a experiência na Europa.

>>> "Venho fazendo um trabalho
junto à CBB, há um ano e meio,
com seleções de base, além de
ministrar clínicas pelo Brasil. O
conteúdo observado na Espanha
será colocado em prática nestas
clínicas e treinamentos"


- REBOTE - O que mais te impressionou na viagem?
- NETO - Eu acompanho a Liga ACB há alguns anos e já sabia
dessa estrutura que eles vêm construindo desde 1982. A Copa
do Rei é excelente, e a experiência de 28 anos é um fator
determinante para que a qualidade seja evidenciada. Alem disso,
estão envolvidas algumas das equipes que mais investem no
basquete europeu. Acho muito interessante o formato do torneio,
que valoriza o primeiro turno da ACB, já que se classificam as
sete melhores equipes e o anfitrião. A experiência foi muito boa,
estiveram também presentes Tiago Splitter e Marcelinho Huertas.
Fico feliz por representar o basquete brasileiro e estar com eles.

- Você também acompanhou a Minicopa, vencida pelo DKV Joventut [Daniel Bordignon, o garoto brasileiro na foto ao lado, defende o Caja Laboral e foi o maior reboteiro do torneio]. O que achou do nível da garotada e do trabalho que eles fazem lá na base?
- Foi muito interessante ver de perto, mais uma vez, como jogam as categorias de base na Europa. Tenho acompanhado há alguns anos e mantenho contato com vários treinadores. É muito interessante que a maioria das equipes já tenha, mesmo nessa idade, uma noção de jogo coletivo, ofensivo e defensivo, evidenciando a utilização de conceitos e ocupação de espaços como padrão de jogo. Durante a Minicopa, houve uma clínica para técnicos organizada pela Associação dos Treinadores da Espanha, e foi abordado o tema da formação do jogador, relacionando as funções de técnicos, pais e atletas.

- Para você, é claro que a viagem rendeu aprendizado. Mas que frutos ela pode dar à seleção e ao basquete brasileiro? Há planos de passar esse conhecimento adiante?
- Estar presente no local da competição e vivenciar o dia a dia
das equipes e de tudo que cerca esta estrutura com certeza traz
muito aprendizado. A Espanha tem um trabalho interessante na
formação e no desenvolvimento de jogadores e técnicos. Cada
detalhe é importante para a gente observar e colocar dentro da
nossa realidade. É isso que pretendo fazer. Além de assistente
técnico da equipe adulta, venho fazendo um trabalho com a CBB,
há um ano e meio, com as seleções de base, além de ministrar
clínicas pelo Brasil. Este conteúdo observado aqui na Espanha
será colocado em prática nestas clínicas e treinamentos.

ELE VOLTOU


Após cinco rodadas na enfermaria, Kobe Bryant voltou na noite
desta terça-feira e fez o de costume: foi o cestinha dos Lakers
contra os Grizzlies, com 32 pontos, e ainda meteu a bola de três
da vitória a 4.3 segundos do fim. Só para não perder o hábito...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

MANUIL SUSPENSO POR 10 JOGOS




O pivô Manuil, do Cetaf, foi julgado hoje pela comissão disciplinar da LNB, em São Paulo, e pegou 10 jogos de suspensão pela cotovelada desferida em Duda, do Flamengo, no início do mês. A pena mínima era de quatro jogos e a máxima, de 12. Não sou jurista, mas acho que ficou de bom tamanho. E você, que achou?

DANÇA DOS NÚMEROS


4-1


Foi a campanha do Los Angeles Lakers nas cinco partidas sem
Kobe Bryant. Clinicamente curado das lesões no tornozelo e no
tendão da perna esquerda, o craque volta às quadras logo mais,
em Memphis, contra os Grizzlies. A notícia só não é boa para o
jovem Shannon Brown, que viu sua média de minutos pular para
37.8 na ausência do titular. Vamos ver como fica agora.

EMERGENTES NO GARRAFÃO




Os rostos da foto abaixo ainda não são muito conhecidos, talvez
o amigo esteja até se perguntando quem são, mas é bom olhar
com atenção para os dois. São duas figuras que, após as trocas
da semana passada, começaram a experimentar os holofotes.



O cara da direita é Andray Blatche, pivô do Washington, que
sequer foi trocado, mas mudou de vida radicalmente. Com as
saídas de Antawn Jamison e Caron Butler, Blatche deixou de
ser uma peça de apoio para se tornar o cestinha dos Wizards.
Com médias de 25 pontos e 10 rebotes nos últimos quatro jogos,
ele ajudou o time a vencer três de quatro partidas desde a troca.

E logo o Blatche, que chegou a ser suspenso pelo time no mês passado por reclamar que o técnico não desenhava jogadas para ele. Era um cara visto como bobalhão no elenco, vivia fazendo piadinhas e chegou a irritar Jamison e Butler em alguns momentos. Hoje? "Eu me sinto como um líder. Sei que estou guiando meu time na direção certa", tira onda.

O sujeito da esquerda na foto lá em cima é Brendan Haywood, usado como moeda de troca na negociação que mandou Caron Butler para Dallas. Após estrear com derrota para o Thunder, ele passou a ganhar mais de 30 minutos por noite, já que Erick Dampier se machucou. E a resposta não poderia ter sido melhor.

Nas últimas quatro partidas (quatro vitórias), Haywood vem ajudando – e muito – o Dallas não só no ataque e nos rebotes, mas com uma defesa sólida. E era justamente isso que os Mavs esperavam quando pescaram o pivô na troca. Ontem, contra o Indiana, o pivô brilhou com 13 pontos, 20 rebotes e três tocos.

Blatche e Haywood são provas vivas de que, muitas vezes, é preciso ficar de olho não apenas nos astros envolvidos em trocas, mas também nos coadjuvantes e até nos que ficam no elenco.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

INCRÍVEL REAÇÃO


O Utah Jazz perdia para os Blazers por 25 pontos ali pelo meio
do terceiro período, em Portland, e ainda assim emplacou uma
reação impressionante. Nos segundos finais do tempo normal,
Carlos Boozer pegou um rebote ofensivo e fez a cesta que levou
o jogo à prorrogação (veja no vídeo abaixo). Embalado, o Jazz
venceu por 93-89. A torcida dos Blazers deve ter adorado...

QUEM VAI FICAR COM ELES?




No fim de semana, Kevin Arnovitz, colunista do blog True Hoop,
fez um ótimo serviço para quem acompanha NBA e desde já
sonha com um verão frenético ao fim desta temporada. Ele lista,
time por time, quais são os maiores candidatos a abocanhar os
peixes grandes que terão passe livre. Com as informações de
Arnovitz, transfiro o debate aqui para o blog. Vamos nessa.



Antes dos times, vale listar os nomes, né. Dê uma olhada em
alguns dos jogadores que podem estar soltos no mercado e
diga se não vale a pena contar as horas para o verão americano:
Kobe Bryant, LeBron James, Dwyane Wade, Dirk Nowitzki,
Chris Bosh, Amare Stoudemire, Carlos Boozer, Joe Johnson,
David Lee, Manu Ginóbili, Tracy McGrady, Shaquille O`Neal,
Yao Ming, Michael Redd e uma penca de outros menos cotados.

O cálculo de Arnovitz, claro, não é garantido e depende de vários
fatores, como escolhas de draft e decisões internas sobre as
renovações. Mas dá para ter uma ideia, então vamos aos times:



A equipe da Flórida terá grana não apenas para renovar com
Wade, mas também para oferecer um contrato máximo a outro
medalhão. Wade seria o chamariz para um Bosh ou um Amare.



Se deixar David Lee ir embora, o New York também pode ter
espaço na folha para dois contratos máximos. Os Knicks, na
minha opinião, são o único time capaz de seduzir LeBron, e
trazer outro craque com ele facilitaria muito o processo.



Esses três times terão espaço suficiente para contratar um dos
medalhões. O Chicago tem a vantagem de já contar com boas
peças no elenco para convencer um astro a se mudar para lá
(Rose e Deng são boas iscas), e o New Jersey talvez tenha um
dinheirinho sobrando para contratar mais alguns passes livres.



Para esses três, vai ser complicado pescar um peixão, mas deve
sobrar dinheiro para navegar no mercado de passe livre, que não
terá só medalhões, mas vários outros jogadores de bom valor.

Agora que você já está mais por dentro da questão financeira, já
tem seu palpite? Quem vai ficar com os astros no ano que vem?

DANÇA DOS NÚMEROS


18


Foi a vantagem que o New Jersey abriu sobre o Memphis, em
casa, na noite de domingo. Não adiantou nada. Os Grizzlies
viraram com uma sequência de 17-0 e ampliaram o drama dos
Nets, que agora têm 5 vitórias e 51 derrotas. Será que o time
supera o recorde negativo do Philadelphia de 1973 (9v-73d)?

O TIME DAS CAUSAS IMPOSSÍVEIS




Vocês certamente se lembram da série de playoffs em que eles eliminaram o Dallas, líder do Oeste. Talvez se lembrem também do jogo no fim do ano passado, contra o mesmo Dallas, quando venceram usando apenas seis jogadores em pleno Texas. Definitivamente, o Golden State Warriors é um time destinado a grandes surpresas. Vejam só o que aconteceu na noite de domingo.

Vice-lanterna do Oeste, a equipe recebeu o Atlanta Hawks,
quarto colocado do Leste. Na escalação, apenas oito atletas,
sendo que os dois pivôs titulares (Biedrins e Tolliver) ajudaram
muito pouco no ataque, somando apenas 6 pontos. Nos chutes
de três, o aproveitamento foi pífio (3/12). E na virada para o
último quarto, a derrota já era de 17 pontos (90-73). O que fez
o Golden State? Simplesmente foi lá e ganhou o jogo: 108-104.

Com uma sequência de 16-0 no período final, o time de Don
Nelson arrancou o triunfo heroico sob o comando de Stephen
Curry, que anotou 32 pontos e ainda pegou nove rebotes. A
equipe continua lá no rodapé da tabela. Mas que incomoda os
outros de vez em quando, ah incomoda.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

MAIS UM NA CONTA DO BARÇA




Deve ser chato torcer pelo Barcelona. Assim como no futebol, o time de basquete da Catalunha segue acumulando conquistas. A mais recente veio na tarde deste domingo, quando o time do jovem fenômeno Ricky Rubio arrasou o Real Madrid por 81-60 e faturou a Copa do Rei, na Espanha. Com um basquete de alto nível, o Barça dominou a partida e contou com grande atuação de Fran Vazquez (foto), eleito MVP após marcar 14 pontos com um aproveitamento perfeito nos arremessos (5/5). Rubio colaborou com 13 pontos e ajudou a fazer a festa da torcida. Aliás, os 14.814 torcedores que lotaram o ginásio em Bilbao registraram um recorde de público na história da competição. Belíssima festa.

ESTRELAS DE PARABÉNS




Foi um Jogo das Estrelas como deve ser: todos os atletas no
clima e lances de efeito com uma porcentagem de acerto até
maior do que costumamos ver em eventos assim. Infelizmente
eu não estou em Uberlândia, mas quem estava no ginásio deve
ter gostado do que viu. No fim das contas, o time Kanela bateu
o Pedroca por 127-114, e o placar é o que menos importa.



Até os erros gritantes foram engraçados na manhã de domingo:
Estevam levou um toco do aro, Thomas cobrou um lance livre
em que a bola nem chegou perto da cesta. Mas os momentos
bizarros foram compensados com muitos acertos: enterradas
espetaculares, belas trocas de passes e Marcelinho em manhã
inspiradíssima, com oito chutes certeiros da linha de três. Com
38 pontos, o ala do Fla foi justamente eleito o MVP da partida.

Foi legal ver uma profusão de pontes aéreas e, apesar da falta
de entrosamento, os jogadores acertaram a maioria delas.
Marcelinho, Shamell, Alex, Larry, Olivinha, Murilo, Rogério,
Sobral, Sucatzky, Manteguinha, Alexandre, Tiagão, Thomas,
Valtinho, todo mundo estava no clima da festa, ciente de que o
mais importante em Uberlândia não era apenas ganhar o jogo,
mas dar espetáculo para a torcida. Deu tudo muito certo.

Foto: Luiz Pires/Divulgação

Apesar do formato engessado do torneio de enterradas, o saldo
do fim de semana é extremamente positivo. Valeu como uma
espécie de consolidação para o NBB, que pelo segundo ano
seguido promove uma festa de alto nível no meio da temporada.

UMA ÓTIMA MC-ESTREIA




Tracy McGrady começou devagar, cresceu bastante no miolo do jogo, virou o destaque da partida e terminou... como um mero cobrador de laterais. Foi assim sua estreia com a camisa do New York Knicks – camisa 3, por sinal, que já foi vestida por Stephon Marbury. Na noite de sábado, o ala anotou 26 pontos, cinco assistências, quatro rebotes, 10/17 no aproveitamento de arremessos, 5/7 nos lances livres, três desperdícios. Tudo isso no tempo normal, porque na prorrogação, certamente cansado, ele só entrou três vezes, nos 30 segundos finais, para fazer três reposições de bola. No fim, vitória do valente Oklahoma City Thunder por 121-118 no Madison Square Garden.

Pelo time vencedor, 36 pontos para Kevin Durant (fantástica a
frieza desse rapaz em lances cruciais do jogo) e 31 de Russell
Westbrook, que ainda deu 10 passes e beirou o triplo-duplo com
nove rebotes. Jeff Green também ajudou com 16 pontos, 11
rebotes e duas bolas de três muito importantes. Mas o que nos
interessa agora, por incrível que pareça, é o perdedor.

Eddie House (foto) também estreou bem, com 24 pontos e cinco rebotes, mas mostrou sua veia ensandecida no fim de prorrogação. Primeiro, com tempo de sobra no relógio, recebeu uma reposição de bola e, feito um louco, chutou para a cesta. Acertou! Depois, nos segundos finais, tentou um arremesso totalmente desequilibrado, quase caindo, e sacramentou ali a derrota do seu time. McGrady foi muito bem na estreia e jogou até de armador. Não sei quanto tempo vai durar o caso de amor dele com os Knicks, mas o começo foi promissor.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

A FESTA DOS VETERANOS


Foto: Luiz Pires/Divulgação

Para encerrar as atividades de sábado no Fim de Semana das
Estrelas, os veteranos foram à quadra. Como a TV não mostrou
o jogo, não consegui ver, mas certamente foi uma festa divertida.
O time dos "famosos", com ex-jogadores da seleção, perdeu por
64-63 para um combinado de Uberlândia, que teve Todão como
cestinha (12 pontos). Pela "seleção", Luizão fez 13, Cadum fez
11, Chuí fez 10. Maior astro da festa, Marcel jogou apenas três
minutos, chutou três bolas de fora, acertou uma e terminou com
três pontos. Ótima iniciativa, tomara que tenha de novo em 2011.

ENTERRADAS ENGESSADAS


Foto: Luiz Pires/Divulgação

Se o torneio de enterradas da NBA foi uma porcaria, o do NBB também não chegou a ser grande coisa. Foram raros momentos de criatividade, e o prêmio acabou ficando com Rafael Mineiro, do São José, que usou e abusou do recurso batido de saltar sobre companheiros de time. Na primeira vez, Matheus teve de se abaixar, e na segunda, com dois colegas embaixo da cesta, o pivô chegou a dar uma joelhada na nuca de Fulvio. Talvez os jurados nunca tenham visto o torneio da NBA, onde se faz isso toda hora, e podem ter achado muito criativo. Fato é que Mineiro embolsou notas máximas e ficou com o título neste sábado.



O garoto do São José estava no clima da festa e, no fim das
contas, é isso que vale, então parabéns para ele. Mas outros
competidores o superaram no quesito criatividade. Roberto, do
Saldanha, mandou bem, mas faltou treino para executar melhor
as cravadas – ele mesmo disse que não treinou nada. Os gringos
Jeffries, McNeil e Brewer também tentaram fazer bonito. Brewer,
aliás, pendurou uma nota de R$ 50 na lateral da tabela, mas não
conseguiu pegá-la na primeira tentativa e aí foi prejudicado pelo
pouco tempo dado a cada enterrada (apenas 24 segundos,
vários outros competidores também penaram com esta regra).

Foto: Luiz Pires/DivulgaçãoO fato é que, pelo grande número de competidores, a liga limitou o tempo de cada tentativa, o que prejudicou o torneio. Seria bem melhor fazer uma seletiva antes do evento e fechar em, sei lá, seis participantes, com mais tempo para cada um desenvolver a sua criatividade. Do jeito que está, o formato ficou corrido e mais engessado. Mal dava tempo de mostrar os replays na televisão.

Com tantos concorrentes no
mesmo evento, é inevitável que o nível técnico caia – na NBA
são poucos e virou aquilo que a gente viu, imagina com essa
multidão em quadra. Só a tática de jogar a bola na tabela para
enterrar na sequência foi usada por pelo menos quatro atletas.
O ideal seria um evento mais enxuto, selecionado, só com a
nata da competição, para fazer o nível subir naturalmente.



O corpo de jurados foi até bem divertido, formado pelos figurões
Marcel, Marcelo Vido, Marquinhos Abdalla, Israel e Pipoka.
Marquinhos era uma espécie de Pedro de Lara, implacável nas
notas. Levou tempo para arrancar um 9 ou um 10 dele. Por outro
lado, Pipoka era o bonzinho da turma, generoso em notas altas.

E você, viu o evento? Que achou? Dê sua opinião na caixinha!

THIAGUINHO CAPRICHA NA PONTARIA


Foto: Luiz Pires/Divulgação



A mecânica nem é das mais bonitas: a mão direita sai para o
lado, bate na esquerda, mas o que importa é bola na cesta. E
nesse ponto Thiaguinho, do Pinheiros, foi de longe o melhor no
ginásio Sabiazinho, em Uberlândia. O armador liderou a primeira
rodada com 20 pontos, pulou para 22 na segunda e disputou a
final com Guilherme Filipin, do Londrina. Com 18-13 na decisão,
Thiaguinho vence o primeiro evento do Fim de Semana das
Estrelas do NBB. Veja a sequência final dele no vídeo abaixo.

UM POUCO DE HISTÓRIA




Aproveitando que um dos times do Jogo das Estrelas leva o
nome de Pedroca, a assessoria de Franca envia uma material
interessante sobre o ex-técnico, que fez história no basquete
brasileiro ao criar e implantar, durante três décacas, a escola
francana da bola laranja. O visionário Pedro Murilla Fuentes é
o último da foto, em pé, à direita. A escalação completa é:
(de pé) Hélio Rubens, Chuí, Gilson, Sílvio, Robertão, Magu,
Tom Zé e Pedroca; (agachados): Sérgio Aleixo, Ciso, Fausto,
Guerrinha, Gera e Vagner. Clique na foto para ver maior.

DANÇA DOS NÚMEROS


0-12


Foi o aproveitamento de arremessos de Antawn Jamison na estreia pelo Cleveland Cavaliers, uma derrota para o Charlotte Bobcats. Foi a pior estreia de um jogador na história da NBA, superando o 0-10 de Corie Blount pelos Warriors em 2001. Promissor, hein...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

UM SENHOR DUELO DE CRAQUES






Foram 43 pontos, 15 assistências, 13 rebotes, 4 tocos, 2 roubos.
Tudo isso saiu das mãos de LeBron James na noite de quinta,
com uma atuação inédita na história da NBA – nunca um jogador
conseguiu combinar esses números. No fim das contas, ok, não
adiantou nada, porque a última bola ele errou, e olha que quase
acertou, mesmo todo desequilibrado. Quem saiu sorrindo foi
Carmelo Anthony, "modesto" com seus 40 pontos e, aí sim, a
cesta da vitória, um belo arremesso um segundo antes do erro
de LeBron. Um duelo espetacular entre dois grandes craques.

Carmelo ainda fez bonito ao dedicar o triunfo ao técnico George Karl, que luta novamente contra um câncer: "Eu acho que ele está feliz. Isso dá um gás em seu espírito. No fundo, nós sabemos da situação. Então estamos jogando por ele", afirmou o ala.

O que devolve o sorriso a LeBron é a expectativa sobre o novo desenho dos Cavs. Antawn Jamison (foto ao lado) já se apresentou e pode estrear logo mais, contra o Charlotte. Mike Brown ainda não sabe se vai usá-lo como titular ou como reserva. Seja como for, é bom ficar de olho no povo de Cleveland.

FALA QUE EU TE ESCUTO:


>>> "Não sei que bem isso faz à liga. Acho que é uma situação maluca"

PHIL JACKSON, criticando a troca entre Cavs e Wizards, sob a alegação de que Ilgauskas pode voltar para Cleveland se for liberado pelo Washington. Doc Rivers, técnico do Boston, engrossou o coro e foi até mais duro: "É uma troca horrível". O curioso é que Jackson não reclamou quando os Lakers contrataram Pau Gasol em troca de duas mariolas, e Rivers não protestou quando os Celtics trocaram Gary Payton por Antoine Walker e pegaram Payton de volta após ele ser liberado pelo Atlanta.

ESTRELAS DE ONTEM E DE HOJE




Vejo no blog Território LNB que já está escalada a seleção de ex-jogadores da seleção brasileira para o duelo festivo da noite de sábado, em Uberlândia, contra um combinado de veteranos da cidade mineira. Olha, vai ser interessante acompanhar essa partida, dá só uma olhada nos nomes: Marcel, Guerrinha, Marquinhos Abdala, Chuí, Pipoka, Maury, Israel, Cadum, Marcelo Vido, João Batista, Luisão, Márcio Azevedo e Raul. Não sei se Oscar seria chamado (ele e a Globo, parceira da liga, travam uma briga judicial), mas de qualquer forma o Mão Santa está em Vancouver para cobrir as Olimpíadas de Inverno.

O evento principal, às 10h30m de domingo, também já tem seus
elencos fechados. Na quinta-feira foram divulgados os titulares
do Jogo das Estrelas, escolhidos pelo público no site da LNB. O
time Pedroca, em homenagem à lenda francana, terá Valtinho,
Alex, Shamell, Giovannoni e Baby. A equipe Kanela, que leva o
nome do bicampeão mundial, entra em quadra com Manteguinha,
Marcelinho, Guilherme Filipin, Murilo e Olivinha. Ah, vale lembrar
que no sábado, antes do confronto de veteranos, rolam torneios
de arremessos de três pontos e enterradas. Infelizmente, não
estarei lá em Minas no fim de semana, mas vou acompanhar
tudo atentamente aqui do Rio de Janeiro, pela TV.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

NO MEIO DO JOGO?




A NBA realmente é uma terra curiosa. No intervalo do jogo de ontem, o Sacramento perdia por 72-45 para o Golden State. Enquanto a bola quicava, os dirigentes dos Kings fechavam uma megatroca com o Houston Rocktes, envolvendo Kevin Martin. O ala-armador, que tinha 10 pontos e dois rebotes àquela altura, simplesmente foi sacado da partida e não voltou para o segundo tempo. Só eu acho isso estranho? Não dava para simplesmente não falar nada com o garoto e deixá-lo completar o jogo?

Fato é que a troca nem está 100% fechada ainda. Por enquanto, a negociação mandaria Martin, Kenny Thomas, Hilton Armstrong e Sergio Rodriguez para o Houston, em troca de Tracy McGrady, Carl Landry, Joey Dorsey e um pouco de dinheiro. Até o limite desta quinta-feira (18h no horário de Brasília), os times ainda tentarão envolver o New York Knicks no bolo, seria o destino de T-Mac.

Nas próximas horas, vamos ficar de olho, porque os telefones
nos escritórios da NBA não param de tocar. Como vou estar na
redação, não vai dar para atualizar o blog o tempo todo, então
fiquem de olho nas notinhas do Twitter aqui ao lado.

JAMISON AO LADO DE LEBRON




Não tem tu, vai tu mesmo. Sem Amare Stoudemire, o Cleveland voltou suas baterias para a capital federal e tirou Antawn Jamison dos Wizards. A troca envolve três times: os Cavs recebem Jamison e Sebastian Telfair; os Wizards pegam Zydrunas Ilgauskas, Al Thornton e uma escolha futura de draft; e os Clippers ficam com Drew Gooden.

Que tal a jogada do Cleveland? Jamison é o bastante para o time abocanhar o título? E Amare, será que agora vai para Miami? A janela fecha na quinta à tarde, e caixinha segue aberta. Fique de olho também aqui na coluna da direita, com as atualizações do Twitter ao longo da quinta-feira.