sexta-feira, 23 de julho de 2010

PAPO DE MUNDIAL - RAULZINHO


Bom, se este é mesmo um papo de Mundial, só vamos saber quando Rubén Magnano fechar sua lista. Aos 18 anos, Raulzinho se juntou ao grupo apenas para ganhar experiência, mas o pedido de dispensa de Valtinho deixou todo mundo com uma pulga atrás da orelha. Como está todo dia sob os olhares do técnico argentino, o armador mineiro viu aumentar a esperança de se juntar ao grupo que vai à Turquia. Vice-campeão da Copa América sub-18 e considerado uma das maiores revelações do basquete brasileiro, Raulzinho bateu um papo com o Rebote ao fim de um dos treinos treino no Marina Barra Clube, no Rio.

>>> "O que eu tenho que pensar é na oportunidade de treinar com esta equipe. Tenho que crescer, melhorar. E se pintar a oportunidade de ir para o Mundial, vai ser muito bom"

- REBOTE - Você entrou nesse grupo só para treinar e pegar experiência, mas a saída do Valtinho abriu novas possibilidades na posição de armador. Ir ou não ao Mundial da Turquia é uma questão que está martelando na sua cabeça?
- RAULZINHO - Acho que eu não tenho que ficar pensando muito nisso agora. O que eu tenho que pensar é na oportunidade de treinar com esta equipe. São jogadores experientes, de NBA, da Europa. Tenho que crescer, melhorar. E se pintar a oportunidade de ir para o Mundial, vai ser muito bom.

- Seu nome ganhou mais força após a ótima campanha na Copa América sub-18. Por que aquele trabalho deu tão certo?
- Nosso grupo ficou um mês treinando muito fechado, só com a gente, sem ninguém de fora. O trabalho do [técnico] Walter Roese foi muito bom, assim como o do Diego Falcão, que também está aqui na preparação física da seleção adulta. A gente jogava o primeiro tempo no pau com os caras e depois ainda aguentava no segundo tempo. Isso foi um diferencial muito forte.

- O fato de você estar ao lado do Magnano todo dia, enquanto os outros armadores estão longe, pode ser uma vantagem?
- Ajuda, mas ele também olhou os outros jogadores do Sul-Americano. Não sei se pode ser melhor eu estar aqui, mas o que eu sei é que, para mim, treinar com este grupo aqui é muito melhor do que ficar no outro grupo, até pelos jogadores que estão aqui.

>>> "O Huertas é um jogador muito intenso, tento pegar um pouco da inteligência dele. Dentro da quadra ele vem, fala comigo, me dá umas dicas, conversa bastante e tenta me passar experiência"

- Algum deles em especial você vê como ídolo?
- Normalmente os ídolos são os que jogam na NBA, né. Mas não tem um nome específico. Eu me espelho muito no Marcelinho Huertas, até mais pela posição em que eu jogo, mas são todos os jogadores.



- Na conversa que eu tive com o Huertas, ele encheu a sua bola e disse que você ainda vai ser o armador titular da seleção. O que tem aprendido com ele durante esses treinamentos?
- É uma pessoa muito boa, um jogador muito intenso, inteligente jogando, tento pegar um pouco dessa inteligência dele. Dentro da quadra ele vem, fala comigo, me dá umas dicas, conversa bastante e tenta me passar experiência.

- Nesse caminho que pode te levar a ser titular da seleção, o que você acha que ainda precisa melhorar no seu jogo?
- Treinando bastante, você vai melhorando tudo um pouquinho. Não tem um ponto específico. Tenho que pegar experiência aqui, no meu clube, em todo lugar. Isso ajuda a melhorar de tudo um pouco.

3 comentários:

Anônimo disse...

Gostei da entrevista. O garoto é humilde e tem futuro .Já digo antecipadamente que estou gostando do Técnico Magnano, podemos notar que ele está pensando no futuro da seleção, convocando os garotos para os treinamentos.

Belotto disse...

Raulzinho na minha opnião não será um grande jogador...ele já é um baita jogador...Eu levaria ele entre os 12...como terceiro armador..
Esse menino quando tinha 13, 14 anos..já era muito acima da média. É muito bom ver que ele se desenvolveu e melhorou com o tempo, mesmo ainda sendo muito novo.
Abs.

Gabriel disse...

Ele AINDA não é um jogador acima da média. Quem o viu nas semifinais do NBB sabe disso. Ele não apenas marcava mal, como era ultrapassado pelo Valtinho o tempo todo. No Brasil estamos acostumados a armadores que marcam mal, mas ser ultrapassado, não conseguir "fazer volume", ficar entre o adversário e a cesta é uma deficiência muito grave.
O potencial está lá, mas no momento ele não tem condições de jogar um campeonato mundial de seleções.