sexta-feira, 19 de março de 2010
NA LINHA COM ROGÉRIO
No fim deste mês, Rogério completa 39 anos. Mas nem parece.
Na equipe de Franca, o ala continua jogando seus trinta e tantos
minutos por partida e ajudando o time a brigar no topo do NBB.
Logo mais, às 19h, Rogério estará na HSBC Arena, no Rio, para
enfrentar o Flamengo em um dos jogos mais aguardados deste
segundo turno (o SporTV transmite). Enquanto a bola não sobe,
o veterano bate um papo por telefone com o Rebote. Confira!
- REBOTE - O jogo desta sexta está sendo aguardado como um dos melhores do NBB até agora. Franca lidera o campeonato em pontos, com 37, um a mais que o Flamengo, que tem um jogo a menos. Vocês encaram como uma decisão ou como apenas mais uma partida em que a vitória é importante?
- ROGÉRIO - A gente tem se preparado nesses últimos treinos focando muito esse jogo. Estamos na reta final e qualquer escorregão pode ser fatal na classificação. Esta partida especificamente é muito importante, porque os dois times estão praticamente iguais. Se nós conseguirmos vencer o Flamengo, vamos nos colocar em uma posição muito boa. Por isso encaramos este jogo como decisivo. Eles estão num momento muito bom, mas nossa equipe também tem feito bons jogos.
>>> "As coisas vão acontecendo,
você vai se motivando. No ano
passado, a gente sofria com as
lesões, os outros ficavam mais
sobrecarregados, acabou
entrando uma carga a negativa.
Neste ano tem sido diferente"
- No ano passado, Franca teve uma campanha bastante
decepcionante, marcada por lesões. Neste ano, o time está
de volta à briga no topo. O que pesou mais: a enfermaria
vazia ou o reforço dos jogadores que chegaram?
- São vários fatores. O primeiro é que, como você disse, no ano
passado o time se quebrou com muitas lesões. Eram jogadores
que faziam falta, e a gente tinha um banco muito jovem, que não
conseguia manter o mesmo nível. Para este ano temos, por
exemplo, o americano Harper Williams, um atleta de peso para
marcar os adversários mais pesados no garrafão. E outra coisa
é que nesta temporada o time ganhou uma energia muito forte,
uma química muito boa. As coisas vão acontecendo, você vai se
motivando. No ano passado, a gente sofria com as lesões,
outros atletas ficavam sobrecarregados, acabou entrando uma
carga negativa. Neste ano tem sido diferente.
- Você está prestes a completar 39 anos, mas continua jogando muitos minutos, com bom rendimento. Qual o segredo para ainda jogar em alto nível?
- Em primeiro lugar, o jogador precisa se manter motivado. Eu me cobro, procuro sempre manter o mesmo nível nos treinos. Se você não treina firme, se não está com a cabeça focada, as coisas não acontecem. Procuro manter um equilíbrio mental, além da parte física no mais alto nível possível.
- Mas isso significa treinar mais ou treinar menos?
- Significa treinar com mais qualidade, com boa intensidade, com o tempo certo, para que não vire o fio. E é preciso também investir na parte fora da quadra, musculação, deixar o corpo preparado antes do campeonato.
>>> "Cada um tem seu momento. Minha fase na seleção já passou"
- Você não tem sido convocado para a seleção, mas agora
temos uma mudança de treinador. O Magnano vai morar em
São Paulo e promete ver mais jogos nacionais. Isso muda sua
expectativa em relação a uma possível convocação?
- Eu vou ser bem sincero: isso não me passa pela cabeça, até
porque eu sei que isso também não passa pela cabeça da
Confederação. Não cogito essa possibilidade. O mais importante
para mim é render bem no meu clube, chegar sempre às finais,
disputar os títulos. Sei que há jogadores num momento muito
bom, até jogando no exterior. Cada um tem seu momento. A
minha fase na seleção brasileira já passou.
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2 comentários:
Rogério é um ótimo jogador e um excelente exemplo de como o atleta deve se cuidar em sua carreira, sem esses exageros absurdos que a gente vê na geração mais nova!
Rogério é um ótimo jogador. Jogou razoavelmente bem contra o São José(a minha Águia querida) no domingo (21/03) e vem mostrando que ainda tem muito basquete pra mostrar.
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