sábado, 31 de julho de 2010

OS CAMPEÕES SUL-AMERICANOS




Sabe aquele clichê do "deixou chegar"? Pois é, aconteceu com a seleção B do Brasil no Sul-Americano. O time treinado por João Marcelo Leite tropeçou nos amistosos, iniciou o torneio na Colômbia de forma oscilante e chegou a gerar desconfiança. Mas soube manter a cabeça no lugar, evoluiu passo a passo na competição, e o resultado foi visto (pena que só na internet, e não na TV) na noite deste sábado. A equipe se impôs diante da Argentina B, venceu por 87-77 e conquistou o título de forma mais do que justa.

Para coroar o melhor jogador do Brasil no campeonato, Murilo simplesmente voou na final. Que atuação. O pivô meteu 30 pontos, pegou 10 rebotes e ainda desandou a fazer cestas de três (foram incríveis 4/4). Bom sinal para um atleta que vinha mesmo em busca de afirmação. Provou que pode ser muito útil no Mundial da Turquia, mesmo que seja como opção para dar descanso a Varejão, Nenê e Tiago Splitter.

Não sei até que ponto os treinos de Rubén Magnano em São Paulo pesaram no sucesso da seleção B. Mas creio que o mérito maior seja dos jogadores e da comissão técnica lá na Colômbia. Não é mole pegar um time meio desacreditado, que não tem valores individuais brilhantes, e fazer evoluir durante o campeonato até vencer a Argentina de forma bastante controlada na decisão. Estão todos de parabéns.

A EXPERIÊNCIA COMO USUÁRIO


Vejo no Bala na Cesta um link para uma reportagem do Estadão dizendo que o presidente Lula nomeou como diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)... Jorge Bastos, sim, ele mesmo, o dirigente do Universo, de Brasília. O papel da agência é regular e fiscalizar transportes rodoviário, ferroviário e dutoviário. O próprio Bastos admite que sua experiência na área é apenas "como usuário". A indicação é um afago de Lula a Hélio Costa, candidato do PMDB ao governo de Minas. Quando Costa deixou o Senado para ser Ministro das Comunicações, quem ocupou sua vaga foi Wellington Salgado, dono da Universo. Bastos, por sinal, foi assessor parlamentar dos dois. Cá entre nós, como disse o Balassiano, é o tipo de notícia que nem precisa de comentário. O fato fala sozinho.

MENOS CABELO, MAIS EXPERIÊNCIA


Para Lucas Bebê, o sonho acabou. Aliás, acabou nada, está só começando. O pivô de 17 anos encerrou hoje sua experiência de uma semana com a seleção adulta. Perdeu o cabelo black power no trote, mas ganhou vivência. Agora ele passa uns dias em casa, descansando e se recuperando de uma pequena lesão na perna esquerda, e na quarta-feira embarca para Portland, onde disputa um torneio com a equipe sub-19.



Quando falei em sonho ali no início, nem era o de ir para o Mundial, porque todo mundo já sabia que ainda não era a hora. Mas dever ter sido mesmo um sonho para o garoto a chance de treinar durante oito dias no meio dos ídolos e sob o comando de um campeão olímpico. Mesmo na despedida, Lucas manteve o sorriso no rosto. Conversei rapidamente com ele, e as palavras mostram o quanto ele aproveitou a chance.

"Foi bastante interessante e divertido. Cada dia eu aprendi uma coisa diferente. Até achei que seria sempre igual. Mas a cada dia vinha alguém, seja o Magnano ou algum jogador, para contar algo novo, passando experiência fora e dentro da quadra. Cheguei a jogar, fiz contato físico, o que é importante também. Eu só ganhei, me fez crescer bastante. É uma vivência que eu desejo para qualquer um."

Tomara que a CBB não vacile e continue cuidando bem do garoto. Ainda é cedo, mas pode estar nascendo aqui um pivô titular da seleção no futuro. Talento ele tem de sobra. Precisa ganhar corpo ao longo dos próximos anos e evoluir na técnica. A Confederação tem que acompanhar esse crescimento de perto, sem desgrudar o olho um só instante. É uma pedra para o basquete brasileiro lapidar.

DECISÃO SAI HOJE À NOITE


Bati um papo rápido com Rubén Magnano ao fim do treino de hoje, para saber se ele já tinha mesmo decidido quais jogadores vai puxar do Sul-Americano. "Estou decidindo", disse o treinador, com um sorriso no rosto. O anúncio será feito no site da CBB logo após a final do torneio, contra a Argentina – o jogo começa às 23h. Tenho para mim que Magnano já tomou sua decisão, mas vai esperar a partida para bater o martelo. Assim, inclusive, evita desmotivar o grupo justamente na hora de brigar pelo título.

"Vi praticamente todos os jogos do Sul-Americano [Vanderlei trouxe os vídeos da Colômbia] e na sexta assisti à semifinal pela internet. Esse último jogo vai me ajudar na decisão final. É preciso dizer que a lista do Mundial não está fechada. Vou aproveitar todo o tempo possível antes de fechar o grupo - disse o técnico.

Os jogadores que forem puxados não disputam o Super 4 da Argentina e vêm logo para a reta final de treinos no Rio, mas não têm passaporte carimbado para a Turquia. Os agregados Paulinho, Raulzinho e Hátila continuam no grupo, mas Lucas Bebê e Jordan Burger saem - o primeiro vai para a seleção sub-19, e o segundo foi convidado para disputar um torneio de jovens.

PAPO DE MUNDIAL - GIOVANNONI


Na Copa América do ano passado, Guilherme Giovannoni assumiu o posto de sexto homem da seleção. Registrava ali seus seis pontos e quatro rebotes em 16 minutos por partida, tornando-se uma peça muito útil no esquema de Moncho Monsalve. Aos 30 anos, ele acha que a tendência é desempenhar função semelhante no time que Rubén Magnano levará ao Mundial da Turquia. Treinando na posição 4, o jogador de 2,04m vira uma opção para abrir mais o jogo. No Marina Barra Clube, ele bateu um papo com o Rebote e analisou o estilo do treinador argentino dentro e fora da quadra.

>>> "A ideia é ajudar no que for possível, provavelmente na 4, para abrir um pouco mais a quadra"

- REBOTE - Na Copa América, você assumiu a função de sexto homem e fez um bom campeonato. Para o Mundial, a tendência é que isso se repita?
- GUILHERME GIOVANNONI - Acredito que a tendência seja essa, ser um sexto, sétimo, talvez oitavo homem [risos], aí vai depender da escolha do técnico. Mas a ideia é ajudar no que for possível, provavelmente na posição 4, para abrir um pouco mais a quadra, visto que os nossos homens grandes são jogadores mais interiores. Vou tentar ajudar nessa opção tática para o Rubén.

- Você está treinando em que posição?
- Na 4.

- Ele não está te usando na 3 em nenhum momento?
- Por enquanto não. Não sei se ele vai querer me utilizar nessa posição também. Se for, ele vai conversar comigo. Por enquanto, estou treinando só na 4.

>>> "O treino em si é muito bom. O Rubén está entre os melhores, sem dúvida alguma"



- E o nível dos treinos, como está?
- Excelente. Todo mundo está muito consciente daquilo que precisa ser feito. O treino em si é muito bom mesmo. O Rubén treina vários tipos de defesa e é muito detalhista nos movimentos de ataque. Nesses detalhes nós geralmente pecávamos, então está sendo muito bom. Ele exige bastante, o que é normal. Todo mundo aqui é crescido e sabe que tem de ser assim. Se a gente continuar trabalhando com essa intensidade e melhorando fisicamente, o grupo vai chegar em boa forma para o Mundial.

- Você já teve vários técnicos ao longo da carreira, brasileiros e estrangeiros. Entre todos eles, em que lugar você colocaria o Magnano? Em um top-3?
- Tranquilamente. É claro que ainda estamos nos treinos e não tivemos os jogos, mas ele está entre os melhores, sem dúvida alguma.

>>> "Acham que a gente está dentro de um exército, mas não é nada disso não"

- Fora da quadra, ele tem essa fama de durão, de impor cartilhas. Como é?
- Ele tem as regras dele. Essas regras foram colocadas para a equipe. Respeitando, não tem nenhum problema.

- Essas regras são muito diferentes do que vocês estavam acostumados?
- Não, ele só pediu para a gente respeitar horários, por exemplo. Existem algumas ocasiões em que ele não gostaria que fosse usado o telefone. Mas nada que seja um bicho de sete cabeças, ou fora da realidade. Acham que a gente está dentro de um exército, mas não é nada disso não. São apenas regras bem esclarecidas.

- O Brasil vai completo para o Mundial, enquanto os principais adversários terão desfalques. Dá para pensar nos rivais agora ou vão deixar para mais à frente?
- Estamos deixando para ver isso um pouco depois. A conversa de traçar objetivos ainda está por vir. Primeiro a gente está se preparando muito bem. Vamos começar com os amistosos e, a partir daí, teremos algumas reuniões para analisar os adversários.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

BRASIL NA FINAL DO SUL-AMERICANO


Após um começo tímido no campeonato e os altos e baixos até comuns para uma seleção B, o Brasil está na final do Sul-Americano da Colômbia. A equipe treinada por João Marcelo Leite bateu a Venezuela na semifinal na noite de sexta, por 79-67, e avançou para enfrentar a Argentina na decisão deste sábado, às 23h. A vitória valeu também a classificação para os Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara.

Mas o que todo mundo quer saber é quem vai fazer o salto para a equipe principal. E a atuação na final não deve contar, porque a decisão provavelmente já estará tomada. Se as atuações no Sul-Americano valeram alguma coisa, Murilo já está na Turquia. O pivô, que anotou 25 pontos e 7 rebotes na semi, foi o grande destaque da campanha. Os outros que correm atrás de vagas são Tavernari (8 pontos, 6 rebotes na sexta), Nezinho (8 pontos, 8 assistências) e Fúlvio (apenas 3 pontos).

A HORA DA DECISÃO


Acabo de voltar do treino da seleção adulta, no Marina Barra Clube, no Rio. O diretor Vanderlei Mazzuchini estava lá. Após retornar da Colômbia, ficou de conversar com Rubén Magnano ainda na noite de sexta-feira. Na pauta, os jogadores que serão puxados para completar a seleção que vai ao Mundial da Turquia. Pelo que percebi lá no treino, o anúncio pode ser feito já neste sábado. Será que ele vai pegar alguns nomes do Sul-Americano para juntar com o grupo do Rio e deixar os cortes para depois? Acho bem possível. E a tendência é que os atletas puxados do time B não joguem o Super 4 da Argentina, nos dias 3 e 4. Eles já se juntariam à equipe principal, que treina no Marina até quarta-feira e viaja para Brasília na quinta. O momento é de expectativa, então vamos aguardar. Assim que eu souber mais novidades, coloco aqui, ok?

PAPO DE MUNDIAL - RUBÉN MAGNANO


Mesmo sem a chance de ver os treinos da seleção, é natural que, ao longo dos dias, algumas perguntas comecem a aparecer – o debate aqui nas caixinhas é a maior prova disso. Na maioria dos casos, são perguntas que só Rubén Magnano pode responder. Algumas delas eu fiz para o argentino numa conversa ao fim das atividades de quinta-feira, no Marina Barra Clube. Como ainda é cedo para tomar decisões, o campeão olímpico pode até esconder o jogo de vez em quando, mas nunca se recusa a falar, seja qual for o tema. Então a tendência é que o papo se repita conforme surgirem novas questões. E você? Tem alguma pergunta para Magnano? Diga lá na caixa, que na próxima oportunidade eu tento transmitir a ele. Por enquanto, confira a conversa de ontem, sobre as tendências para o grupo do Mundial e o treino aberto aos técnicos.

>>> "Devemos avaliar no dia a dia o que está acontecendo aqui. Não só no aspecto técnico, mas físico, médico. As situações precisam ser avaliadas. Não teremos pressa com isso"

- REBOTE - Você tem conseguido ver os jogos do Sul-Americano?
- RUBÉN MAGNANO - Sim, mas muito mal. A gente vê uma cesta, aí a imagem trava, depois a bola já está do outro lado, não dá para ter uma noção exata. Ainda assim, estou gostando bastante do trabalho que a seleção está fazendo na Colômbia.

- Jogadores como Murilo e Tavernari têm se destacado. Eles estão mais perto de garantir vaga para o Mundial?
- Perto estão os 12. É claro que alguns têm mais possibilidades que outros, por causa das posições e pela avaliação. Mas todos estão perto, inclusive os que estão trabalhando conosco aqui no Rio.

- Você tem aqui oito jogadores do grupo original, e mais o Marquinhos. São mesmo três vagas que estão em aberto?
- Não sei. Devemos avaliar no dia a dia o que está acontecendo aqui. Não só no aspecto técnico, mas no aspecto físico, no aspecto médico. São situações que precisam ser avaliadas. Não vamos ter pressa com isso. Vanderlei vai voltar da Colômbia e vai trazer os jogos da seleção no torneio amistoso na Venezuela e também os do Sul-Americano. Aí sim poderemos avaliar um pouco melhor.

- Tem conversado com o João Marcelo [técnico da seleção B] por telefone?
- Sim, sim, conversei com ele. É muito importante este contato para ajudar na decisão final que vai formar a equipe.

- Você considera a possibilidade de levar dois armadores além do Huertas?
- Sim, sim [enfático]. É uma opção.

- E um desses pode ser um jovem com o Raulzinho, para pegar experiência?
- Pode ser uma possibilidade. Pode ser.

>>> "No meu estilo, não jogo com dois armadores, mas há uma possibilidade tática aberta"

- Você gosta de jogar com dois armadores ao mesmo tempo na quadra?
- Não, é difícil. É uma situação tática especial. No meu estilo, não jogo com dois armadores, mas a possibilidade tática está aberta para um momento em que for necessário.

- E no garrafão? A tendência é que Tiago Splitter e Nenê se revezem na posição 5 ou você pretende usar os dois ao mesmo tempo?
- Pode ser que encontremos uma situação em que os dois joguem juntos, por que não?

- Você parece ter um carinho especial pelo Varejão.
- [Pensativo]

- É uma impressão que passa. Como você quer o Anderson na seleção? Ele vai continuar sendo diferente do Anderson da NBA, que não pontua muito?
- Em relação à simpatia, eu tenho simpatia por todos. É um dos jogadores que conheço há muito tempo, desde que começou, ainda pequeno. Ele também vai estar presente no aspecto ofensivo. É preciso que continue alimentando esta confiança. Não só defendendo, também podemos aproveitar sua capacidade no ataque.

>>> "Sejam bem-vindos os técnicos que participaram. Me alegra muito que tenham aproveitado algo, por menor que seja"

- Na segunda e na terça, o treino foi aberto a técnicos brasileiros. Como foi essa experiência? Você chegou a conversar com eles?
- Não, não conversei. Não sei qual foi a opinião deles, mas espero que seja uma maneira de colaborar e para eles avaliarem a qualidade do nosso trabalho. Se puderam aproveitar alguma coisa, que seja bem-vinda essa ideia.

- Todos eles parecem ter saído muito satisfeitos.
- Então isso me deixa contente.

- O fato de nenhum técnico do NBB ter comparecido aqui no Rio te decepciona?
- A mim, não, absolutamente. Sejam bem-vindos aqueles que participaram. Me alegra muito que tenham aproveitado algo, por menor que seja. Não me incomodo em nada com os treinadores que não vieram.




Rubén Magnano não tem pressa. Em papo que tive com ele ontem à noite (estará aqui no blog hoje à tarde), fica claro que a definição do grupo que vai ao Mundial ainda pode esperar. É cedo, mas em todo caso já dá para pescar algumas dicas do que vem por aí. Desde o início dos treinos, conversei não só com o técnico, mas com outros integrantes da comissão e os jogadores. Dessas conversas, a gente vai montando o quebra-cabeça. Ainda há o risco de embaralhar todas as peças, mas vamos colocá-las na mesa.

>>> Três armadores para o Mundial? É uma possibilidade

Parto do princípio (não confirmado pelo técnico) de que nove vagas já estão praticamente certas: os oito da lista original e Marquinhos, que foi puxado do time B. Sendo assim temos um armador (Huertas), quatro laterais (Leandrinho, Alex, Marcelinho e Marquinhos) e quatro jogadores de garrafão (Splitter, Nenê, Varejão e Giovannoni). Uma opção natural seria buscar no Sul-Americano o complemento do grupo com um pivô (Murilo), um ala (Tavernari) e um armador (Fúlvio ou Nezinho). Mas acho que o argentino pode driblar essa fórmula.

Antes de chegar lá, vamos a alguns pontos que, mesmo sem ver os treinos, deu para apurar:

1) Splitter e Nenê tendem a se revezar na posição 5. Só devem jogar juntos em situações muito especiais. Varejão deve ter como seu substituto imediato Guilherme Giovannoni, que vem mesmo treinando apenas na 4.

2) O treinador considera seriamente uma possibilidade: levar à Turquia três armadores – Huertas e mais dois, sendo que um deles pode ser Raulzinho, para dar experiência ao garoto. O assunto vai estar na entrevista logo mais.

Se a opção for esta, Tavernari (que vem jogando bem na Colômbia) deve ser sacrificado, até porque Guilherme pode ser um quinto nome para a lateral em caso de emergência. E aí até Paulinho Boracini ganha força para roubar a vaga de Fúlvio ou Nezinho. Ele também pontua e, sem Tavernari, poderia se transformar em opção na ala. O grupo ficaria assim:

Armadores: Huertas, Fúlvio (ou Nezinho ou Paulinho) e Raulzinho

Laterais: Leandrinho, Alex, Marcelinho e Marquinhos

Pivôs: Varejão, Splitter, Nenê, Giovannoni e Murilo


Olha, me parece uma saída bem interessante, hein. Raulzinho ganharia uma chance, mas não na fogueira de ser o reserva imediato de Huertas. É claro que nada disso está fechado na cabeça de Magnano. Esse caldeirão ainda vai ter a análise dos treinos, os jogos do Sul-Americano, as questões físicas, ou seja, tudo pode mudar. Mas como a gente gosta de fazer exercício de futurologia, aí está um deles. O que você acha?

O SUPER 4 DE BRASÍLIA


Muita gente perguntou sobre o torneio que a seleção disputa no outro fim de semana, dias 7 e 8, no ginásio Nilson Nelson, em Brasília. A programação é a seguinte:

- Sábado, dia 7: Angola x Chile (10h), Brasil x Venezuela (12h)
- Domingo, dia 8: jogo dos perdedores (10h), jogo dos vencedores (12h)


Haverá venda de ingressos, mas o preço ainda não foi definido. Assim que eu souber, coloco aqui. Para quem não é de Brasília ou não puder ir, a CBB informa que o SporTV vai transmitir as quatro partidas ao vivo. Vale lembrar que, além de ser a estreia de Rubén Magnano, será a primeira vez que esta geração entrará em quadra com todos os seus principais nomes juntos.

No dia 9, a seleção embarca para Nova York, onde disputa um torneio da Nike contra China e Porto Rico. Depois, vai à Espanha para fazer os dois amistosos de mais peso na preparação, contra os donos da casa e os argentinos. A turnê pré-Mundial termina em Lyon, contra França, Austrália e Ilhas Virgens.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

PAPO DE MUNDIAL – PAULINHO


Pouco depois de Valtinho pedir dispensa da seleção brasileira, tocou um telefone em Joinville. Era o de Paulo Heitor Boracini, o Paulinho, que corria de um lado para o outro à procura de uma casa na cidade catarinense, onde vai jogar a próxima temporada. Chamado por Rubén Magnano para completar o grupo, o armador paulista empacotou as malas e largou até a esposa no Sul para sair correndo – ou voando – rumo ao Rio de Janeiro. Aos 25 anos, ele sabe que estender a jornada até a Turquia é uma missão difícil, mas não custa nada manter a esperança. Enquanto o grupo não se fecha, vai aproveitando a chance de treinar sob o comando do campeão olímpico. Após o treino de quarta à noite, Paulinho conversou com o Rebote sobre a experiência na seleção, a polêmica transferência para Joinville e o NBB.

REBOTE - Os treinos do Magnano são fechados, então muita gente está curiosa para saber mais sobre o estilo dele. O que está achando?
- PAULINHO BORACINI - O que ele mais cobra é estar concentrado o tempo todo. A gente brinca fora da quadra, mas quando entra aqui é todo mundo sério. Ele quer 100% todo dia. Para mim tem sido maravilhoso trabalhar nesse grupo, adquirir experiência.

- Como foi o momento em que você recebeu a notícia da convocação?
- Eu fui para Joinville, estava lá há dois dias procurando casa, e me ligaram às seis da tarde. Ligaram para o Luizão, o diretor de lá, e ele me ligou, pedindo para eu entrar em contato com o Vanderlei [diretor da CBB]. Ele perguntou: "Posso marcar a passagem para amanhã?" Eu falei: "Só me avisa". Já fiz as malas e vim. Correria do caramba, mas isso é o de menos. Até larguei minha mulher lá, ela teve que se virar para ir embora [risos].

>>> "Vou dar meu máximo para continuar
no grupo, mas só de fazer parte já está bom.
Ele me disse que existe uma possibilidade"


- Você já esteve na seleção adulta, jogou o Campeonato Sul-Americano de 2004, ficou um tempo fora e agora voltou. É uma chance para agarrar?
- Assim que eu cheguei, o Magnano veio falar comigo e disse: "Você não foi convocado antes, quero saber o que você acha". Eu disse que, se eu não fui convocado na primeira, tanto faz. Vou dar meu máximo para continuar no grupo, mas só de fazer parte já está bom. Ele me disse que tem uma possibilidade de eu ir, mas existem alguns problemas burocráticos, só esperando para ver.

- Que tipo de problema?
- É alguma coisa em relação a uma lista de nomes que já foi mandada para a Fiba, e meu nome não estava nessa lista. Mas estão vendo o que se pode fazer, e eu procuro fazer aqui o meu melhor. Se ele gostar e achar que eu tenho condições...

>>> "Fui cara a cara na mesa do Paulistano, e eles me liberaram numa boa. Não fiz nada de errado. Esclareci tudo com todo mundo"

- Além de você e do Raulzinho, o Magnano tem os armadores do Sul-Americano. Você ainda mantém uma esperança de ir à Turquia?
- Mantenho sim. Converso bastante com ele sobre isso, e ele diz que não tem nada certo ainda. Ele falou que, claro, os meninos do Sul-Americano estão na minha frente, porque já vêm trabalhando há um mês. Mas deixou claro que, como estou aqui com o grupo, depende do meu entrosamento. É a melhor equipe com que eu já trabalhei.

- Além da seleção, como está a expectativa da troca de time para Joinville?
- É das melhores. Vamos ter um time competitivo. Mas estamos montando agora, e todo time tem que dar liga. Espero que dê liga. Vamos ver o trabalho com o Bial, a gente vai poder se preparar bem. A meta lá é passar da semifinal e depois tentar alguma coisa ainda melhor.

- E a história da sua transferência? O pessoal do Paulistano ficou bravo, falou em falta de ética [a alegação era de que Paulinho seria apenas emprestado ao Joinville para disputar um torneio, mas teria descumprido o acordo para ficar de vez]. O que aconteceu?
- Isso aí ficou mal falado, mas eu estou com a consciência limpíssima. Antes de mais nada, eu já estava conversando com as duas equipes. O Bial me chamou para jogar o torneio do México, e eu aceitei. De graça, mas eu queria jogar. O Paulistano disse que não tinha o recurso que eu tinha pedido para o novo contrato, mas que me daria quando eu voltasse de viagem. Disseram: "Vamos atrás desse recurso, e se eu te der você assina?". Eu disse que sim. Quando chegou no México, eu joguei bem, e o Bial se sentiu no direito de ir ofertando, ofertando... chegou a um ponto em que eu falei: "Bial, não posso acertar porque tem uma oferta para mim". Fui cara a cara na mesa do Paulistano, e eles me liberaram numa boa. Não fiz nada de errado. Esclareci tudo com todo mundo. O diretor até me falou: "Se eu estivesse no seu lugar como jogador, eu iria, mas como diretor tenho que brigar pelo meu".

- No último NBB, você foi o segundo maior pontuador. Acha que vai manter esse estilo em Joinville ou vai ser mais um distribuidor de jogo?
- Voltei da Europa para o Paulistano com essa função de pontuar, a pedido do João Marcelo. Quando acertei em Joinville, falei que não quero ter a responsabilidade de puxar ponto. Se acontecer, vai ser natural. Mas quero tentar ser um armador mesmo. O combinado é eles trazerem caras para pontuar, e eu botar mais o time para jogar.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

AFINAL, QUEM É QUE SOBE?




Na terceira rodada do Sul-Americano, o Brasil-B ainda sofreu mais do que devia, mas bateu o Paraguai por 93-81 e fechou a primeira fase invicto. A semifinal será nesta sexta, contra a Venezuela, valendo vaga na decisão e também no Pan-Americano de Guadalajara, no ano que vem. A Argentina venceu a Colômbia por 70-63, acabou passando em primeiro no grupo B e faz a outra semi contra o Uruguai. Mais uma vez, os destaques do Brasil foram Murilo (20 pontos, 9 rebotes) e Tavernari (16 pontos).

>>> Rubén Magnano ainda precisa decidir três vagas

Vale lembrar que a seleção principal ainda precisa preencher três vagas, provavelmente um armador, um ala e um pivô. Essas duas últimas estão cada vez mais caindo no colo de Murilo e Tavernari. Falta escolher o reserva de Huertas – Nezinho deu oito assistências ontem, mas tenho a impressão de que Fúlvio (autor de 15 pontos) ainda desponta como favorito. Isso, claro, levando em conta que Magnano não deve usar os jovens Raulzinho e Jordan, e tampouco Paulinho, que chegou para completar o grupo pós-Valtinho.

Amanhã vou tentar aqui traduzir algumas coisas que se passam na cabeça do técnico argentino, a partir do que tenho conversado com algumas pessoas nos treinos. Mas você já pode dar seu palpite: quem deve subir para a equipe A?

TÉCNICOS DO NBB? NENHUM...




Como se sabe, os treinos de Rubén Magnano foram abertos para técnicos brasileiros na segunda e na terça. Bastava mandar um e-mail para a CBB e se inscrever para ver de perto, em sessões de duas horas cada, o trabalho de um campeão olímpico com os melhores jogadores do país. Estive no Marina Barra Clube nas duas noites e vi uma média de uns dez treinadores por dia (no total, 33 se inscreveram), alguns com suas esposas e seus filhos, sentados na arquibancada à beira da quadra.

Era basicamente gente do estado Rio, a maioria da base, além das presenças de João Batista, assistente do Flamengo, e Raul Togni Filho, do Minas. A base, como sempre, é quem mais se interessa por uma experiência como esta - fato digno de elogios.

Agora: de todos os técnicos que trabalharam no último NBB, adivinha quantos apareceram nos treinos? Nenhum. Ninguém deu as caras - confirmei a informação com a CBB. E depois não sabem por que a seleção contrata um estrangeiro...

Cada um pode ter tido seus motivos, e algumas faltas seriam até compreendidas, por isso não vou generalizar. Mas essa ausência em massa só ajuda a comprovar a triste tese de que, com poucas exceções, nossos treinadores são preguiçosos ou arrogantes demais para aprender – ou as duas coisas.

Culpa também da LNB e da Escola de Técnicos, que poderiam ter se mobilizado para trazer seus filiados ao Rio, seja com uma ajuda de custo, ou no mínimo dando uma ligada para cada um deles e reforçando a importância de participar. Mas não. Talvez esse tal de Magnano não seja nada demais mesmo...

TAPA DAQUI, TAPA DALI...


Vi a dica no twitter do @draftbrasil e reproduzo aqui. Nos Jogos Centro-Americanos, o portorriquenho Carlos Arroyo (armador do Miami Heat) e o mexicano Omar Quintero trocaram tapas em quadra. Esquentou o clima. Dá uma olhada aí no vídeo:



PAPO DE MUNDIAL – TIAGO SPLITTER


Agora não falta mais ninguém. Tiago Splitter chegou ao Rio de Janeiro, treinou com o grupo duas vezes na terça-feira, e a seleção brasileira está completa para a caminhada rumo ao Mundial. É claro que o pivô ainda está pegando leve, e a previsão é de que só esteja no mesmo nível físico dos companheiros daqui a duas semanas. O fato curioso de ontem à noite é que, nos últimos minutos do treino, faltou luz no Marina Barra Clube. Mas voltou logo. E foi depois disso que Tiago bateu um papo com o Rebote. Desta vez, o Papo de Mundial é em vídeo. Aperte o play e confira o que o pivô tem a dizer.



terça-feira, 27 de julho de 2010

BRASIL VENCE E ESTÁ NO PRÉ


O risco de catástrofe – que já era pequeno – agora está completamente afastado. Nossa seleção B venceu o Uruguai na noite de terça por 89-63 e garantiu, com uma rodada de antecedência, a vaga nas semifinais do Sul-Americano. Isso significa que o time já está entre os quatro melhores e, sendo assim, tratou logo de assegurar o mais importante: a presença no Pré-Olímpico de 2011, em Mar del Plata.

>>> Enquanto o Brasil se recupera, a Argentina corre risco de vexame

O Brasil de João Marcelo Leite jogou melhor que na estreia e, justamente contra o adversário mais perigoso do grupo, viu boas atuações de Fúlvio (10 pontos e 10 assistências, sendo 7 no primeiro quarto), Tavernari (15 pontos) e Murilo (11, além de 8 rebotes). Na noite de quarta, o rival é o Paraguai.

A ironia é que, enquanto o Brasil se recupera, no outro grupo os hermanos estão em apuros. Tudo bem que a Argentina está garantida no Pré-Olímpico como país-sede, mas o risco de vexame é palpável. Para conseguir a classificação às semis, será preciso vencer a Colômbia logo mais – e a vitória por um ponto não serve, é preciso ganhar por pelo menos três. Ah, mas a Colômbia é baba. Deveria ser, mas está jogando em casa e ontem arrancou uma vitória heroica sobre a Venezuela por apertados 84-83. O confronto entre os países, que atravessam séria crise diplomática, teve direito até a TV colombiana saindo do ar nos momentos decisivos. E você? Viu os jogos? Que achou?

A IMAGEM QUE QUERÍAMOS VER


Está aí, na foto feita pela amiga Danielle Rocha, do Globoesporte.com, a imagem que a gente tanto queria ver. Tiago Splitter treinou hoje de manhã pela primeira vez com a seleção brasileira. Depois da lua-de-mel e de resolver as questões contratuais e de seguro com o San Antonio Spurs, o pivô já está sob os cuidados de Rubén Magnano no Marina Barra Clube, no Rio de Janeiro. Ótima notícia. Logo mais, vou ao treino da noite. Depois volto para passar mais detalhes do que estiver rolando, combinado?

COPA BRASIL: ALGUMAS QUESTÕES


A CBB anunciou ontem a volta da Copa Brasil, ótima iniciativa para tirar do limbo regiões do país que ainda não têm o basquete muito desenvolvido. Funciona assim: as federações organizam torneios regionais com suas equipes – qualquer equipe pode se inscrever, desde que não seja do NBB e tenha no máximo dois estrangeiros no elenco. Oito delas avançam para a Super Copa Brasil (três do Sudeste, duas do Sul, uma do Norte, uma do Nordeste e uma do Centro-Oeste). Tudo isso acontece entre outubro desde ano e abril de 2011. Agora, vamos a alguns pontos.

1) Não quero julgar os critérios, mas fico pensando se o Nordeste não merecia mais de uma vaga. A região já tem uma Supercopa organizada há alguns anos, talvez desse para classificar dois times, tirando um do Sudeste, que já está mais desenvolvido.

2) O campeão e o vice da Super Copa ganham o direito de entrar no NBB, "caso preencham os critérios da LNB". Se alguns times do próprio NBB já têm dificuldade de preencher esses critérios, acho que podemos criar aí uma saia justa. E se, por exemplo, os dois vencedores não tiverem um ginásio de bom nível? Simplesmente não entram? Abre vaga para o terceiro colocado? Isso tem que ser bem conversado. Em todo caso, o prêmio é válido e pode ser o primeiro passo da sonhada Segunda Divisão.

3) O campeão da Super Copa se classifica para uma competição continental – a CBB não deixa claro se será a Liga das Américas ou o Sul-Americano. Aí eu não concordo. É claro que seria um incentivo sensacional, mas nesses torneios o Brasil precisa estar representados pelos seus melhores times. Com a nossa elite, já passamos vergonha nas últimas edições. Não vejo sentido em colocar numa Liga das Américas, por exemplo, um time que sequer está no NBB. É como, no futebol, colocar na Libertadores o campeão da Série B.

É claro que ainda vamos precisar de ajustes, mas no geral a iniciativa é muito boa. O Brasil é grande demais e não pode mesmo se limitar a São Paulo e os agregados de sempre (Universo, Flamengo, Minas, Joinville...). Eles são ótimos, mas precisam de companhia. Tomara que seja o primeiro passo da integração. E você, o que achou?

VIDA DE CALOURO NÃO É MOLE...




Se você é um jovem jogador de basquete e tem a oportunidade de comemorar seu aniversário de 18 anos dentro de uma quadra, treinado por um campeão olímpico e rodeado pelos melhores atletas do seu país, algum preço você tem que pagar, certo? Pois Lucas Bebê pagou na noite desta segunda-feira. E não pagou barato não. Mas pagou com um sorriso aberto no meio do rosto lambuzado de chocolate.

O trote começou no hotel da seleção brasileira, quando Lucas teve seu cabelo black power parcialmente tesourado. Não satisfeitos, os veteranos ainda pegaram uma meia do garoto (e é difícil achar meia para um pé daquele tamanho) e usaram como elástico para amarrar três chuquinhas. Foi assim que o pivô chegou para treinar no Marina Barra Clube, no Rio de Janeiro.

Após duas horas de atividades sob o comando de Rubén Magnano, Lucas achou que o “sofrimento” tinha acabado. Que nada. Ganhou torta de presente, e cantaram parabéns para ele, mas não sem aquela tradicional dose de “crueldade”, para usar uma palavra do próprio. Com Alex gritando "Beija o bolo" e Leandrinho lhe empurrando a cabeça, Bebê não teve outra saída a não ser afundar o rosto na bandeja (veja no vídeo).

Ah, o que Magnano achou de toda essa farra? Ele mal viu. Logo depois do treino, saiu apressado para ver o restante do jogo de estreia do time B no Sul-Americano.

UMA LARGADA MEIO AOS TRANCOS




Não é novidade para ninguém que o Brasil não tem material humano suficiente para formar uma seleção B poderosa, dessas que pegam o Chile pela frente e enfiam uma sacolada sem pensar duas vezes. Isso não é culpa dos jogadores, e sim de duas décadas de descaso com a formação deles, fruto da quase interminável gestão Grego à frente da CBB. Pois o efeito está aí. A equipe treinada por João Marcelo Leite sofreu mais do que deveria ontem para bater os chilenos por 69-54 na estreia do Sul-Americano.

Como eu estava no treino do time principal, não consegui ver o B em ação. Muita gente viu pela internet, e ninguém elogiou – na verdade, todo mundo pareceu meio assustado. Exagerado e inoperante nos chutes de fora (5/22), o Brasil contou com 20 pontos e 11 rebotes de Murilo, que é de longe o jogador mais capacitado do grupo. O Chile fez o favor de apresentar o ridículo aproveitamento de 21% nos tiros de dois pontos, além de ter cometido 17 desperdícios. E assim ganhamos na primeira rodada.

A Argentina-B não pode dizer o mesmo após a derrota por 75-72 para a Venezuela, apesar de uma forte tentativa de reação no quarto período. O Uruguai cometeu incríveis 21 desperdícios e sofreu de maneira tenebrosa para vencer o Paraguai por 66-61. Quem passeou na rodada de abertura foi a Colômbia, dona da casa, que meteu 94-46 no potente Equador.

E você? Viu o jogo do Brasil? Então conte na caixinha de comentários o que achou.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

DIRETO DO TREINO DA SELEÇÃO


Salve, amigos. Estou aqui no Marina Barra Clube, já está rolando o treino da seleção brasileira. Ainda sem Tiago Splitter, que está em São Paulo, chega ao Rio ainda hoje, mas só deve participar da primeira atividade na manhã de terça. Aliás, a previsão é de que ele nem treine para vale no primeiro dia, já que o seguro do San Antonio Spurs ainda não está pronto. Anderson Varejão também não está por aqui. Com dores nas costas, foi poupado por Rubén Magnano e só volta a treinar na quarta-feira.

O fato curioso do dia é o aniversário de Lucas Bebê. Um dos calouros do grupo, o garoto já levou seu trote e está treinando com o cabelo todo bagunçado, preso com lacinhos (dá para ver aí na foto). Ao que parece, está levando tudo na esportiva - vou falar com ele daqui a pouco. Ao fim das atividades, Bebê vai ganhar bolinho e tudo - isso se eu não atacar a caixa da torta, que está aqui em cima da mesa, do meu lado.

HUERTAS, LEANDRINHO, QUEM MAIS?




Não sei o que se passa na cabeça de Rubén Magnano, mas dá para imaginar que, na seleção brasileira que treina no Rio, apenas dois jogadores têm posição garantida no quinteto ideal. Digo "quinteto ideal" e não "time titular" porque, no papo com o técnico argentino, ele deixou bem claro que pouco importa quem sai jogando, assim como deu a entender que a formação pode mudar de acordo com o adversário. Faz todo sentido. Mas cada um tem seu time preferido, né, então não custa imaginá-lo.

>>> Magnano ainda tem ao menos três posições em aberto no quinteto ideal

Voltando ao debate, acredito que, por enquanto, só Marcelinho Huertas e Leandrinho estejam garantidos no quinteto ideal. Nenê, Varejão e Splitter vão se dividir nos dois postos de garrafão, e ainda falta definir a posição 3, que tem Alex, Marcelinho, Giovannoni e Marquinhos como os principais candidatos.

Embaixo da cesta, os três são quase do mesmo nível, então qualquer combinação será ótima. Como os pivôs no Mundial tendem a ser mais fortes que os da Copa América, talvez eu desse preferência ao combo Splitter-Nenê, com Anderson aparecendo de fator surpresa. O natural, claro, vai ser dividir os minutos entre o trio. Na ala, minha opção clara é Alex. A gente perde na estatura, mas ganha um defensor nível A para combater o maior pontuador de perímetro do adversário – ou até o armador rival, como fez por exemplo em Porto Rico, grampeando Pablo Prigioni. E você, como montaria o quinteto ideal? Diga aí...

A (AINDA) TODA-PODEROSA ESPANHA


Que Pau Gasol vai fazer falta à Espanha no Mundial da Turquia, até a minha avó sabe – ok, eu nem tenho mais avó, mas se tivesse, ela saberia. Craque e campeão da última edição, em 2006, o pivô faria da Fúria favoritíssima ao bicampeonato se não tivesse decidido se poupar para o Los Angeles Lakers. Mas ainda que esteja mergulhado numa poltrona na Califórnia ou em Madri, Gasol sabe que ainda tem grandes chances de brindar à distância mais uma conquista dos seus compatriotas.

>>> Mesmo sem Pau Gasol, a Espanha segue sendo favorita para levar o ouro na Turquia

Se vários rivais vão à Turquia bem desfalcados, os espanhóis terão um elenco de meter medo, mesmo sem o dono do garrafão. Pau estará representado pelo irmão Marc, que evoluiu muito de quatro anos para cá. Ao seu lado estará o também ótimo Fran Vázquez, ausente da seleção desde o Eurobasket de 2005.

No perímetro, Juan Carlos Navarro ganhou o afago de que precisava para virar o líder do time: o técnico Sergio Scariolo deu a ele o posto de capitão. Tutor perfeito para o jovem Ricky Rubio, que de jovem só tem a idade mesmo e pratica um basquete cada vez mais maduro. Se Rubio foi aquilo tudo em Pequim, imagine como será agora, após papar títulos com o Barcelona.

Anote aí no caderninho outros nomes que estarão em quadra: Felipe Reyes, Jose Manuel Calderón, Rudy Fernández, Jorge Garbajosa e Sergio Llull. Está bom para você ou quer mais?

A preparação já começou em Las Palmas e depois migra para Vitória. No roteiro de amistosos estão Canadá, Costa do Marfim, Lituânia, Eslovênia, Brasil, Argentina e Estados Unidos. Estes três últimos serão o termômetro para ver se o povo de vermelho está mesmo com essa bola toda. Eu acho que está.

UM TORNEIO, DOIS OBJETIVOS


>>> Fúlvio (foto ao lado) joga o Sul-Americano e briga por vaga no time A

Começa hoje, às 19h, a caminhada da seleção B no Sul-Americano da Colômbia. O primeiro adversário no Coliseu Alvaro Sánchez Silva, na cidade de Neiva, é o Chile, e arrancar uma vitória na estreia não deve ser uma tarefa das mais difíceis. Na fase de grupos, o desafio mais complicado para o time de João Marcelo Leite deve ser o de amanhã, contra o Uruguai, já que o de quarta, contra o Paraguai, é outra carne assada. No grupo B estão Argentina, Colômbia, Equador e Venezuela.

Basicamente, são dois objetivos no Sul-Americano: 1) Ficar entre os quatro primeiros e garantir a classificação para o Pré-Olímpico de 2011, o que não deve ser muito difícil, apesar dos tropeços nos amistosos; 2) Fornecer jogadores para completar o grupo que vai ao Mundial – quatro vagas ainda estão abertas. Pena que, pelo jeito, nenhuma nenhum canal brasileiro de televisão vai transmitir o torneio ao vivo. Se você souber de algum (ou de algum link), fique à vontade para colocar na caixinha.

domingo, 25 de julho de 2010

SPLITTER JÁ NÃO CHEGA HOJE...


Está começando a ficar cansativa a novela Tiago Splitter na seleção brasileira. A CBB tinha programado o primeiro treino do pivô para hoje à noite, mas já informou que ele não vai chegar a tempo. Agora não se sabe se ele treina na segunda à tarde ou só na terça. Tudo bem que o cara tem crédito – e põe crédito nisso – mas a história já está ficando chata. A primeira previsão era ele chegar na quinta-feira, depois passou para sexta, depois para domingo, agora para segunda ou terça. A questão me parece muito simples: se Rubén Magnano liberou Tiago para se juntar ao grupo mais tarde, a CBB deveria definir com ele uma data de apresentação, e pronto. É no dia tal, para o treino tal, e vamos em frente. Do jeito que está, essa novela passa uma ideia de desorganização da Confederação, que sequer sabe quando o atleta vai chegar - justamente um atleta tão importante.

DO SOFÁ DE CASA


Preocupado com a ausência de Manu Ginóbili, o jornal argentino Olé fez um rápido levantamento dos principais desfalques que as grandes seleções terão no Mundial da Turquia. Também fui dar uma vasculhada nas notícias do site da Fiba e ainda achei alguns outros. São mais de 20 nomes relevantes que vão ver a competição no sofá de casa. Seguem alguns aí abaixo:

Kobe Bryant, LeBron James, Dwyane Wade, Dwight Howard e todos os olímpicos dos Estados Unidos, Pau Gasol (Espanha), Manu Ginóbili (Argentina), Dirk Nowitzki, Chris Kaman (Alemanha), Andrei Kirilenko (Rússia), Tony Parker, Rony Turiaf, Mickael Pietrus (França), Mehmet Okur (Turquia), Theo Papaloukas (Grécia) Darko Milicic, Uros Tripkovic (Sérvia), Andrew Bogut (Austrália), Yao Ming (China), Beno Udrih, Erazem Lorbek (Eslovênia), além de sete desfalques da Croácia, que está treinando com 14 atletas.

Se levarmos em conta que Valtinho não vinha mesmo jogando pela seleção, o Brasil é um raríssimo caso de seleção sem desfalques para o Mundial. Quem vai sofrer mais?

EUA x EUA


A seleção americana foi à quadra no sábado para o jogo entre o time azul e o time branco, já tradicional nos períodos de treino. Deu branco por 114-96 em Las Vegas, com direito a 28 pontos e seis rebotes de Kevin Durant, que acertou 10 dos seus 17 arremessos em 29 minutos. Veja no vídeo abaixo algumas imagens da partida.



sábado, 24 de julho de 2010

SPLITTER TREINA NO DOMINGO


Na noite de sexta-feira, voltei ao Marina Barra Clube para mais um treino da seleção masculina, agora já com Lucas Bebê integrado ao grupo. As duas notícias relevantes do dia têm a ver com Tiago Splitter.

1) O pivô do San Antonio vai fazer seu primeiro treino na noite de domingo, quando a seleção volta após um dia de folga.

2) O Fábio Balassiano, que também estava lá no Marina, bateu um papo com Rubén Magnano (vale a pena dar uma olhada quando ele publicar no Bala na Cesta, a conversa foi bem legal). E eu, intrometido que sou, fiz uma pergunta sobre como vai ficar o garrafão com Splitter, Varejão e Nenê. O técnico argentino foi categórico ao dizer que não pretende usar os três ao mesmo tempo. Mas não pareceu preocupado em escolher os titulares agora – aliás, preferiu nem usar o termo "titulares", e sim "iniciadores". Ele alega (com razão) que o simples fato de começar o jogo significa muito pouco. É fato. Mas diga aí na caixinha: que dupla de "iniciadores" você usaria?

PAPO DE MUNDIAL - ALEX


Para a seleção brasileira, sábado é dia de treinar pela manhã e, finalmente, folgar no restante do dia. Após uma semana de treinos puxados em dois períodos, Alex Garcia reencontra hoje a esposa e as duas filhas, que chegam ao Rio de Janeiro. Destaque do último NBB e presença constante na seleção, o ala do Universo é só elogios para Rubén Magnano. Com a confiança em alta, ele dribla o clichê e avisa logo: o Brasil vai em busca do primeiro lugar do grupo B no Mundial na Turquia. Estados Unidos? Se depender de Alex, que se cuidem. Após o treino de sexta-feira, o jogador bateu um papo com o Rebote à beira da quadra.

>>> "Sabendo que os EUA não vão ter os principais jogadores, a gente tem que pensar em se classificar em primeiro lugar no grupo"

- REBOTE - Você está sempre na seleção, não é novidade. A novidade é que agora todo mundo está. O fato de ter com o grupo completo para disputar o Mundial muda o astral?
- ALEX - Muda um pouco sim. Nas seleções anteriores, a gente sempre falou que faltava alguma coisa. E essa alguma coisa era todo mundo estar junto. Este ano, está. Só depende da gente. Temos um elenco muito forte, só vai depender do que fizermos na quadra. Temos que aproveitar o máximo do Magnano, toda a experiência que ele tem para nos auxiliar durante os treinos e os jogos.

No video acima, veja imagens do treino e trechos da entrevista.

- Vários adversários vão estar desfalcados no Mundial, incluindo os Estados Unidos, que estão no grupo do Brasil. Esse assunto já passa pela cabeça de vocês nesta fase de treinamentos?
- Sabendo que a equipe americana não vai ter os principais jogadores, a gente tem que pensar em se classificar em primeiro lugar no grupo. Respeitamos e sabemos que a Croácia tem uma equipe muito forte, a Eslovênia também, com jogadores na NBA, mas temos chance, só depende da gente. Nossa equipe é forte, a geração é forte, com bons jogadores em todas as posições.

>>> "O ritmo do Magnano é diferente. É um ritmo de jogo internacional, é aquilo que a gente vai precisar para vencer os jogos. Então tem que puxar mesmo"

- O que está achando dos treinos do Magnano? O que tem de diferente em relação ao que vinha acontecendo antes?
- O ritmo do Magnano é diferente. É um ritmo de jogo internacional, é aquilo que a gente vai precisar para vencer. Então tem que puxar mesmo. Cada um tem que dar o máximo, mesmo cansado. Quando chegar lá na frente, vamos estar preparados.

- Como é o Magnano fora do treino? A fama de durão que ele carrega se justifica?
- Tranquilo. Logo na apresentação, ele já disse o que queria dentro e fora de quadra, então todo mundo está respeitando. Mas ele é um cara tranquilo, brinca com todo mundo, respeita todo mundo. Pelo que eu estou sentindo, todo mundo está gostando muito do trabalho, tanto dentro da quadra como a pessoa dele também.

- Você vinha sendo o capitão da seleção, ao lado do Marcelinho. Foi assim com o Moncho. O Magnano já deu algum sinal de quem vai ser capitão agora?
- Ele ainda não falou nada. Não sei qual é a opinião dele, mas cada um faz o seu trabalho, um vai tentando puxar o outro. Quem for capitão vai assumir a responsabilidade e tentar ajudar todo mundo.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

PAPO DE MUNDIAL - RAULZINHO


Bom, se este é mesmo um papo de Mundial, só vamos saber quando Rubén Magnano fechar sua lista. Aos 18 anos, Raulzinho se juntou ao grupo apenas para ganhar experiência, mas o pedido de dispensa de Valtinho deixou todo mundo com uma pulga atrás da orelha. Como está todo dia sob os olhares do técnico argentino, o armador mineiro viu aumentar a esperança de se juntar ao grupo que vai à Turquia. Vice-campeão da Copa América sub-18 e considerado uma das maiores revelações do basquete brasileiro, Raulzinho bateu um papo com o Rebote ao fim de um dos treinos treino no Marina Barra Clube, no Rio.

>>> "O que eu tenho que pensar é na oportunidade de treinar com esta equipe. Tenho que crescer, melhorar. E se pintar a oportunidade de ir para o Mundial, vai ser muito bom"

- REBOTE - Você entrou nesse grupo só para treinar e pegar experiência, mas a saída do Valtinho abriu novas possibilidades na posição de armador. Ir ou não ao Mundial da Turquia é uma questão que está martelando na sua cabeça?
- RAULZINHO - Acho que eu não tenho que ficar pensando muito nisso agora. O que eu tenho que pensar é na oportunidade de treinar com esta equipe. São jogadores experientes, de NBA, da Europa. Tenho que crescer, melhorar. E se pintar a oportunidade de ir para o Mundial, vai ser muito bom.

- Seu nome ganhou mais força após a ótima campanha na Copa América sub-18. Por que aquele trabalho deu tão certo?
- Nosso grupo ficou um mês treinando muito fechado, só com a gente, sem ninguém de fora. O trabalho do [técnico] Walter Roese foi muito bom, assim como o do Diego Falcão, que também está aqui na preparação física da seleção adulta. A gente jogava o primeiro tempo no pau com os caras e depois ainda aguentava no segundo tempo. Isso foi um diferencial muito forte.

- O fato de você estar ao lado do Magnano todo dia, enquanto os outros armadores estão longe, pode ser uma vantagem?
- Ajuda, mas ele também olhou os outros jogadores do Sul-Americano. Não sei se pode ser melhor eu estar aqui, mas o que eu sei é que, para mim, treinar com este grupo aqui é muito melhor do que ficar no outro grupo, até pelos jogadores que estão aqui.

>>> "O Huertas é um jogador muito intenso, tento pegar um pouco da inteligência dele. Dentro da quadra ele vem, fala comigo, me dá umas dicas, conversa bastante e tenta me passar experiência"

- Algum deles em especial você vê como ídolo?
- Normalmente os ídolos são os que jogam na NBA, né. Mas não tem um nome específico. Eu me espelho muito no Marcelinho Huertas, até mais pela posição em que eu jogo, mas são todos os jogadores.



- Na conversa que eu tive com o Huertas, ele encheu a sua bola e disse que você ainda vai ser o armador titular da seleção. O que tem aprendido com ele durante esses treinamentos?
- É uma pessoa muito boa, um jogador muito intenso, inteligente jogando, tento pegar um pouco dessa inteligência dele. Dentro da quadra ele vem, fala comigo, me dá umas dicas, conversa bastante e tenta me passar experiência.

- Nesse caminho que pode te levar a ser titular da seleção, o que você acha que ainda precisa melhorar no seu jogo?
- Treinando bastante, você vai melhorando tudo um pouquinho. Não tem um ponto específico. Tenho que pegar experiência aqui, no meu clube, em todo lugar. Isso ajuda a melhorar de tudo um pouco.

O ALERTA ESTÁ LIGADO


Ok, é só o começo do trabalho, são só amistosos, mas epa, parece que a seleção B precisa corrigir seu rumo, não? Para quem não sabe (e muita gente não sabe, porque nem no site da CBB tem informação suficiente), o time comandado por João Marcelo Leite está na Venezuela disputando um torneio Super Four, que serve de aquecimento para o Sul-Americano da Colômbia, entre 26 e 31 deste mês. Pois bem. Na primeira rodada do Super Four, quarta-feira, perdemos por 72-65 da Argentina-B. Ok. Mas ontem levamos 82-69 dos... venezuelanos.

Logo mais, às 20h30, enfrentaremos o Uruguai. Não é para ficar preocupado? Tudo bem que esta é a nossa seleção B, mas não custa lembrar que é ela que vai defender o país no Sul-Americano. E se não ficar entre os quatro primeiros, meus amigos, não se classifica nem para o Pré-Olímpico de 2011. Além disso, só os três medalhistas ganham vaga no Pan-Americano de Guadalajara.

Cá entre nós, ainda acho esse risco remotíssimo. Ainda que tudo dê errado e a seleção fique atrás de Argentina, Uruguai e Venezuela, os outros rivais do Sul-Americano são os potentes Chile, Paraguai, Colômbia e Equador. Só um desastre, né. Em todo caso, algo me diz que Rubén Magnano já levantou levemente uma sobrancelha...

VEM AÍ UM NOVO TRIO?




Dá para imaginar o cenário? Madison Square Garden transbordando de gente para o primeiro encontro entre New York Knicks e Miami Heat na temporada regular da NBA. O time da Flórida põe seu trio em quadra com Wade, LeBron e Bosh. Do outro lado, o time da casa tem Amare Stoudemire, Carmelo Anthony e Chris Paul. Hã?

A criação deste trio de ferro em Nova York já não é uma possibilidade tão remota. Amare, vocês sabem, já está lá, solitário, esperando algum amiguinho chegar para a brincadeira ficar mais agradável. E Chris Paul acaba de deixar claro que não está muito a fim de continuar no New Orleans Hornets. O armador está de olho em quatro times, e o primeiro da lista é o Knicks – os outros são Orlando, Dallas e Portland. Paul só vai ficar em Nova Orleans se ouvir dos dirigentes na reunião de segunda-feira indícios sólidos de que a franquia vai disputar títulos em pouco tempo. O que eu acho meio difícil.

E onde entra Carmelo na história? O ala dos Nuggets tem até dia 30 para estender seu contrato, mas algumas fontes da imprensa americana já dizem que ele pode não continuar e - mais que isso - também está de olho em Nova York. Será que rola?

40 CENTAVOS? 11 DÓLARES?


Tempo de novos contratos na NBA, sempre volta à tona o debate sobre os salários astronômicos dos astros do basquete. Um olhar bem humorado do assunto está nesse vídeo, que eu não tinha visto e o Gustavo Sousa – figurinha já carimbada deste blog – me enviou. Vale a pena, especialmente pelo garoto-figuraça de camisa verde.



quinta-feira, 22 de julho de 2010

PAPO DE MUNDIAL – LAMAR ODOM


Sai Kobe Bryant, entra Kevin Durant. E Lamar Odom continua no papel de escudeiro para o craque do time. Desta vez, o desafio do veterano não é com o Los Angeles Lakers, e sim com a seleção dos Estados Unidos, que vai para o Mundial sem nenhum representante das Olimpíadas de Pequim. Aos 30 anos, Odom acaba de ganhar seu segundo título da NBA e pode ser, na Turquia, ao mesmo tempo coadjuvante (dentro da quadra) e líder (fora dela). Treinando com Coach K em Las Vegas, o ala bateu um papo com o Rebote.

>>> "A gente teve o exemplo agora na Copa do Mundo: todos os times que entram no torneio estão lá para ganhar. O Brasil sabe o que é necessário para vencer, e sei que eles podem jogar em nível alto"

- REBOTE - Mesmo sem os olímpicos, devemos esperar uma seleção americana pronta para ganhar o ouro na Turquia?
- LAMAR ODOM - Nós estamos aqui para ganhar. Vamos jogar muito duro, vamos jogar da maneira certa, vamos jogar uns pelos outros, por nosso país e de acordo com o nosso potencial.

- Outras seleções também terão desfalques, como a Espanha sem o seu companheiro de Lakers Pau Gasol e a Argentina sem Manu Ginóbili. Quem são os maiores concorrentes na luta pelo título mundial?
- Todas essas equipes são candidatas. Sei que Gasol e Ginóbili são grandes jogadores e representam muito bem seus países, mas eles fazem parte de grandes seleções. E todas essas seleções querem ganhar da gente. Todas têm caras que atuam na NBA. Estão fazendo a mesma coisa que nós estamos fazendo, ou seja, representar o país e ganhar a medalha de ouro. Não existe nenhuma sensação melhor que esta.

- Pela primeira vez o Brasil terá o elenco completo, incluindo todos da NBA. Até onde acha que eles podem chegar?
- O Brasil vai estar muito bem. A gente teve o exemplo agora na Copa do Mundo: todos os times que entram na disputa do torneio estão lá para ganhar. O Brasil sabe o que é necessário para vencer, e sei que eles podem jogar em nível alto.



- Você acaba de ganhar um título na NBA e agora assume um posto relevante para uma seleção sem astros como Kobe e LeBron. Como veterano, você será um dos líderes deste grupo. Como pretende desempenhar esse papel?
- Vai ser importante. Meu papel vai ser tentar manter as coisas nos seus devidos lugares e a energia no nível certo. Quero fazer tudo de forma muito positiva. Mas este é um ótimo grupo de jogadores, então acho que não vamos ter nenhum problema.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

O PRIMEIRO TREINO DE MAGNANO




Estive no Marina Barra Clube na noite de terça para o primeiro treino de Rubén Magnano no comando da seleção. Bem, o treino mesmo não deu para ver, já que a atividade foi fechada para a imprensa – e assim será até o fim da preparação. Os jornalistas só podem ver os primeiros minutos, e depois voltam para falar com os jogadores.

Ficou claro que os atletas se surpreenderam com o estilo do argentino, que comprovou a fama de exigente. "Ele é mais duro que o Moncho", admitiu Leandrinho. Todo mundo sofreu com o treino puxado, mas ninguém parecia nada insatisfeito - ao contrário. Quem há de contestar os métodos de um campeão olímpico? Na saída, bati um papo com Huertas, nosso armador titular. Confira a conversa no post aí abaixo.