sexta-feira, 1 de outubro de 2010

DIRETO DA CAIXINHA


A respeito do momento delicado do basquete feminino, vale fazer uma viagem à caixinha de comentários e pescar o que escreveu o Sandro, sempre cirúrgico nas análises.




Não adianta discutir os frutos sem discutir as sementes e as árvores. Por que existem os Bassuls? Por que existem as izianes? Por que precisamos de técnicos estrangeiros hoje? Por que não produzimos mais Paulas, Hortências e Janeths?

O buraco é mais embaixo, mas as pessoas insistem em esperar que a solução venha em trabalhos miraculosos de dois ou três meses, corrigindo desmandos, falta de projetos que já vem há muito tempo.

Pergunto qual foram as grandes revelações das LNBs? Quem pode enumerar um técnico revolucionário ou promissor? E a LNB feminina? Existe? Estou falando de dois anos, e não produzimos nada disso, mas pior seria se pensássemos as quase últimas duas décadas desde o Mundial de 94, no caso feminino. E no masculino, onde ainda vemos alguns destaques, vale lembrar que quase todos esses jogadores com nome hoje o fizeram no exterior, aprendendo lá fundamentos do jogo que - todos nós sabemos - outros países ensinam nas escolas.

Hoje nossas escolas nem quadras têm. Quando têm, a primeira coisa que quebram são os aros e tabelas. As universidades públicas não investem em esportes, e as particulares só constroem prédios, fora algumas exceções. Não há projeto de esporte que obrigue esse tipo de investimento aliado à educação, então querem educar e ensinar o jogo com atletas quase adultos?

O basquete, com a arrogância de seus homens fortes, não consegue olhar para seu umbigo e aprender com lições do vôlei, que não começou sua estrutura ganhando. O feminino mal ganhava da Argentina ou do Peru, o masculino jamais ganhava de Cuba, ou algum título, mas manteve um planejamento, um incentivo à prática do esporte, massificando numa mídia, mesmo perdendo, aprendendo com outras nações fortes nesse esporte (União Sovietica, EUA, asiáticos etc).

O basquete quer vencer sem estrutura e depois se consolidar ou retornar ao topo. Ou seja, quer ter frutos sem plantar sementes e regá-las.

Considero o basquete um esporte sem dúvidas mais espetacular que o vôlei, mais atrativo, emocionante e imprevisível, mas as pessoas não conseguem torná-lo atrativo na mídia porque querem fazê-lo de cima para baixo, com vitórias imediatas. Por isso contratam técnicos de ocasião, sejam estrangeiros ou não. Eles não são milagreiros.

Em vez de discutir Izianes, por que não discutir amplamente um basquete, ou um (des)projeto esportivo que produz Izianes?

13 comentários:

Anônimo disse...

excelente !

Bruno Beno
judnaii sp

Anônimo disse...

Rodrigo, venho colocando minha opnião a algun tempo e as vezes sou contestado, tudo bem cada sabe o que pensa, mas sempre falei que tudo comea na base, na estrutura, na formação de profissionais que entendam e trabalhem para o basquete.

Outro dia num programa infantil, as crinças que entravam em contato telefonico, tinho que dizer qual esporte gostavam ou escolhiam, o basquete so perdeu pro futebol (claro), depois quem chegou perto foi a natação, poe que sim e um esporte maravilhoso, e quando se tem um minimo de compreensão dele se torna fascinante.
Além disso temos sim, CBB e Federações, juntamente com os clubes, transformar num grande espetaculo as partidas de basquete, televisionar os grandes jogos, colocar dança, musica, promoções etc..., o street vem crescendo muito no Brasil, vamos imcorpora-lo a este show, vamos massificar.
Mas sobre tudo, vamos trabalhar nossa base, fazer um trabalho que em 8 ano ou mais começe a dar resultado, e cmo falei algumas vezes não esperar por uma varinha magica argentina (e muito menos espanhola).

BASE

Anônimo disse...

Não existe renovação no basquete!
Nas escolas nao se joga mais basquete!
Lista de esportes mais praticados nas escolas:

1 - Futebol de Salão
2 - Futebol Suisso
3 - Futebol de Areia
4 - Futebol de Campo
5 - Golzinho
6 - Rebatida
7 - Handebol
8 - Volei de quadra
9 - Queimada
10 - Bandeirinha
11 - Volei de Areia
12 - Damas
13 - Basquetebol (se tiver tabela na escola)

Anônimo disse...

Concordo muito com o ponto de que o incentivo deve comecar dentro das escolas. Passando um pouco para o ambiente universitario, gostaria de informar que eh possivel sim criar uma liga forte e competitiva que servira de base para as selecoes. Creio que no Brasil queima-se etapas muito cedo, fazendo com que atletas saiam de seus clubes e vao jogar "profissionalmente(???)" muito cedo. Vale o exemplo norte americano: NCAA nao paga salario para ninguem, eh contra a regra, do contrario, os atletas recebem bolsa de estudo completa, moradia, alimentacao e o equipamento necessario para a pratica desportiva. O basico necessario para gerar um futuro e uma esperanca de alcancar dentro ou fora de quadra um futuro profissional.

Anônimo disse...

Olá Rodrigo e Pessoal

Bem a foto dessa tabela diz muito não é?

Esse o cenário do esporte naquilo que deveria ser a sua base , as escolas,mas gostari de adcionar outra questão importante, a prática de esporte no casodo basquete em Clubes..

É evidente que ainda exitem alguns clubes, prinicipalmente das cidades do interior que ainda conseguem desenvolver alguns bons trabalhos, como a citada cidade de São José, Franca, e outras no país, mas o trabalho é pautado em uma filosofia que precisava ser revistas, ou ao menos repensada.

Há miuto tem se falado em atualizaçaodo estilo de jogo do Brasil, mas ponto é que nao precisamos apenas copiar 100% modelos, a referencia primeira deveria considerar as caracterpistica FÍSICA (não técnicas pois esta praticamente não existe mais) dos nossos jogadores.

Encontrar um verdadeiro estilo próprio de jogo para o Brasil, lógico considerando o basquete jogado no Mundo, mas volto a dizer isso não se faz com altetas formados e em categorias quase adultos.

Mas voltando aos clubes , hoje a realidade não torna a procura de clubes para a prática de esporte como era antes, pois muita gente mora em condomínios que na maioria dos casos tem sua quadra, ou pisicnas ou academias.

Ora ficar esperando que os clubes revelem como antes é parar no tempo. O estado e as federações tem que ter um a conduta ativa nessa base , provocar a procura do esporte logo cedo e só tem um lugar on isso AINDA é possível, as escolas, e outro nível a universidades. (públcias ou PRIVADAS)

Num pais que se faz tantas leis, é preciso se exigir contra partidas desses enormes centros universitários que erguem a cada esquina eo o Estado faria sua parte no ensino Funadamental e médio, aproximando o professor de educação física dessas práticas esportivas com alunos.

O que nao adianta é ficarmos procurando a cada competição a salvaçãodo esporte, a discussão tem que ser frequente: escola de técnicos, intercâmbios, mas jamais esquecer de sentar com Ministério dos Esportes e apresentar e exigir um projeto e o basquete como campeãomMundial tem história para exigir isso com outras federações de outros esportes.

As pessaos do esportes ficam tão ancisosas e apresentar resultados e esuecem que temos alguns aspectos favoráveis:

1- Temo uma Liga , male, male já e um bom passo temos que admitir
2 - a economia brasilieira ainda esta bastante sólida sem comparação com outros tempos;
3 - temos profissioanais de marketing esportivo entre os melhores do mundo;
4 - temos o exemplo do Volei , sem arrogâncioa que custa sentar com profissioanis que participaram daquele boom do volei, que começaram praticamente do nada, o que não é caso basquete. Cito o Brunoro , mas temos o Bebeto , temos a prórpia Magic Paula que fez um bom tablho no Cenbtor Olímpico em São Paulo.
5 - Temso exemplo do mini basket na Espanha - convenio federação, governo e iniciativa priovada
6 - Temos muitas leis de incentivo, em vigencia e pouco exploradas,

Por fim , não precisa haver briga para se protoagonista da salvação, são só idéias, espero que possa gerar mais discussão, e que as barreiras do revanchismo, do orgulho e da briga vaidades não continuem sendo obstáculos.

Pena que não vejo maniffestãio nesse denbate de gente ligada as federações e Confederações.

abraços

e obrigado pelo Post

Sandro

Daniel Defilippo | Juiz de Fora - MG disse...

Assino em baixo.

Detalhe, na tv aberta so tem futebol ou esporte elitista (f1, iatismo...)

Salve a record que mostrou alguma coisa dos jogos da juventude no ano de 2010 e a Banda que mostoru jogos de basquete feminino, se não me engano.

Onde ministro aulas de basquete, a garotada ficou curisa e empolgada com basquete 33.

Continuamos na luta

Abs

Gabriel disse...

Já que é para analisar a raiz do problema, vamos falar dos nossos governos corruptos que não param de aumentar a arrecadação de impostos em detrimento da iniciativa privada, e paradoxalmente esses mesmos governos se livram das responsabilidades, com a classe média tendo que, além de pagar absurdos impostos, custear educação, saúde, segurança e transporte privados. O Pan-americano, a Copa do Mundo e as Olimpíadas podem até trazer alguns frutos, mas ainda assim o dinheiro deveria ser melhor investido, primeiro distribuído melhor pelo território, e não concentrado nas sedes e, em especial no Rio, e depois pegar esse dinheiro e investir a maior parte nas escolas e parques públicos.

Suzana Gutierrez disse...

Oi Rodrigo

Quando eu era criança (e já faz muito tempo) havia professores de educação física em todas escolas , desde as séries iniciais. Quando eu tinha uns 8 anos havia festivais de newcomb nas praças, reunindo as escolas do bairro. Com 10 anos éramos craques em todos os pré-desportivos.

Hoje, as crianças não tem educação física na escola pública até a 5ª série. Não há professor de EF nestas séries e a atividade física fica por conta da criançada com o tipo de bola que entregarem a eles (na maioria). As escolas privadas também reduziram em muito a Ed Física, algumas 'terceirizando' em escolinhas esportivas pagas.

Na busca por boas colocações nas estatísticas (IDEB, etc) privilegiam as disciplinas que constam nas provas. Então proliferam 'olimpiadas' de matemática, história, ...

Os pais só pensam em vestibular e usam o esporte para premiar ou punir o filho: boa nota, pode treinar, fez alguma arte, corta o basquete.

Logo, o furo :) é muito muito mais embaixo. Começa com a valorização da educação física como um todo.

E, isso, só com políticas públicas efetivas e muito cobradas. Por exemplo: se é o professor de classe que tem de dar ed fisica para as séries iniciais, a disciplina tem de ser tratada como qualquer outra, em termos de carga horária, planejamento e, sobretudo, formação do professor. (Tem cursos de Pedagosia para séries iniciais que não tem ed física no currículo)

Uma ideia prática: dar bolsa ao professor e recursos para projetos na escola pública. Na minha opinião, projetos devem estar ligados à escola e ao professor. Professor, mesmo. Chamar ex-atleta para técnico é o mesmo que chamar um curandeiro (ou um paciente crônico) no lugar do médico.

Ah, alguém aí vai argumentar que ser professor não garante que vá ser um bom técnico e que alguns atletas podem se transformar em bons técnicos. Porém, é um bom começo ser professor e excessões só reafirmam a regra. Um bom curso de educação física vai dar muito mais consistência ao trabalho com o esporte, que não se resume (mesmo!) a técnica e tática.

Agora, ... o longo prazo, e começar pela base é longo prazo, não consagra ningem em curto prazo e nem dará $$ em médio prazo.

Bah, ... encerrando porque isso aqui já está uma novela :)
abraço
Suzana

Basquete do Claudizete disse...

Eu sou professor de educação física, e concordo plenamente com a opinião do Sandro, trabalho em um escola pública do interior de Alagoas, sou um privilegiado, pois minha escola tem um ginásio, mas no meu Estado apenas 6% de todas as Escolas públicas têm algum espaço(ginásio, quadra, terreno, pátio, estacionamento...)para as práticas de atividade física.
Trabalho na mesma escola, por paixão, com o basquetebol, sendo a única escola do Estado que tem basquetebol, o no feminino, temos tido muito sucesso, e hoje somos a base das seleções alagoanas de base. Ou seja, com algumas excessões o talento se encontra nas escolas públicas.
Enquanto não se investir melhor no esporte nas escolas públicas, o nosso esporte vai viver de algum talento que aparece.

joao disse...

com todo o respeito, nao vou ler nem o post nem os comentários. é simples: a forma de mudar tá na ponta da lingua de todo mundo daqui, o importante é colocar em prática

Anônimo disse...

Olhando para o Roster do time norte americano, TODAS as atletas jogaram universitario nos EUA. Nao sei por que, mas existe uma fama ruim de que o basquete universitario americano nao eh uma opcao boa, pois nao paga salario, comparado aos paises europeus. Mas, existe uma razao porque o time norte americano eh tao forte e dominador nas competicoes internacionais: A NCAA (liga universitaria) eh uma competicao de nivel altissimo, com mais de 40 jogos por temporada com pressao e nervos a flor da pele em cada jogo. Sem contar com as sessoes de pre-temporada de treinamento e do treinamento para competicao. Existe muita gente boa jogando por la e tem vaga pra muito mais gente ir. Educacao, disciplina e performance em alto nivel que se tornarao resultados positivos no futuro. Dentro e fora de quadra. Nao seria justo, pelo menos nas categorias de base e nas selecoes sub-18 (por exemplo) contar com alguns atletas e tecnicos que atuam por la, como eh o caso do Roese que foi a unica felicidade do basquete brasileiro nesse ano???

Anônimo disse...

Matéria SporTV: No interior de Minas Gerais um projeto pode salvar o futuro do basquete brasileiro - http://bit.ly/9azRA0

Anônimo disse...

ESSA MALUCA QUE TODOS CHAMAM DE RAINHA DESDE QUE ASSUMIU A CBB DISSE QUE TINHA QUE TER RESULTADOS PQ SENÃO ESTAVA FORA, SÓ QUERO VER O QUE ELA VAI FAZER COM ESSE INCOMPETENTE DO COLINAS E SUA COMISSÃO TÉCNICA, A COMISSÃO TÉCNICA ANTERIOR FOI DEMITIDA SENDO CAMPEÃ DA COPA AMERICA....... VAMOS VER A DECISAO DA DONA DA VERDADE.