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De fato, uma chacoalhada para tornar a modalidade mais atrativa não seria nada ruim. Tem muita gente que é apaixonada por basquete e simplesmente detesta o feminino – nem vou citar aqui o nome de um grande amigo, mas se ele ler estas linhas, certamente vai se identificar. Abaixar o aro, permitir mais cestas e, de quebra, uma ou outra enterrada, contribuiria para elevar o nível do esporte para as meninas, que obviamente têm uma desvantagem física para os homens.
Mas por que seria péssimo para o Brasil? Porque a padronização das tabelas só aconteceria na elite, nos bons ginásios, nos times adultos. Boa parte das categorias de base, em quadras com menos condições, continuaria jogando no modelo masculino – ou seja, jogando errado, aprendendo errado. Isso sem falar nas quadras de rua e de escolas, que já praticamente não existem, imagina então ter tabelas específicas.
Para um país que já forma muito mal suas basqueteiras, formá-las com o aro em uma altura diferente da que elas vão encontrar no adulto só contribuiria ainda mais para manter nosso basquete em nível baixo. No mundo maravilhoso e perfeito das tabelas móveis, seria uma beleza. No nosso mundo real, só atrapalharia.
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