QUEM TEM MAIS TALENTO?

Como já discutimos no primeiro e no segundo artigos da série,
o técnico Rubén Magnano sabe fazer suas equipes jogarem de
forma equilibrada e organizada. Mas é evidente que isso também
depende muito do material humano. É isso que vamos debater
neste post, comparando aquela geração de ouro da Argentina
com a nossa atual. Veja o quadro abaixo e faça a sua análise:



Dividi os dois elencos em quatro partes: armador, alas, pivôs e
banco. Então vamos falar um pouco sobre cada uma delas.

Armador – Os dois são bons, mas Sanchez no auge está à
frente de Marcelinho Huertas. Vantagem Argentina.

Alas – Leandrinho segura o ataque, e Alex ainda tem a força da
defesa, mas o combo dos hermanos tem o ótimo Nocioni e o
genial Manu Ginóbili, aí fica imbatível. Vantagem Argentina.

Pivôs – Scola é o melhor deles, sem dúvidas, mas Tiago Splitter
também joga o fino, Varejão é peça fundamental na defesa, e
com sorte ainda poderemos escalar o Nenê. Vantagem Brasil.

Banco – Hermann, Montecchia, Wolkowisky (que chegou a ser
titular), Delfino e até o pouco usado Gutierrez foram um banco
para ninguém botar defeito. Na última Copa América, o Brasil
ficava limitado a Guilherme e Marcelinho. Vantagem Argentina.

Parece claro para mim que Magnano tinha mais material humano em mãos com a Argentina do que terá agora com o Brasil – isso não significa que não temos talento, longe disso, mas aquela seleção dos hermanos era muito enjoada. Levando em conta que o tempo de adaptação e treinamento não será muito grande, nosso novo técnico terá muito trabalho para moldar o elenco a seu gosto. Talvez os frutos ainda não apareçam no Mundial da maneira como a gente espera, mas dá, sim, para ficar otimista.