quarta-feira, 30 de abril de 2008

DIRETO DA CAIXINHA

O polêmico hack-a-Shaq, muito utilizado por Gregg Popovich na série Spurs x Suns, rendeu opiniões divergentes dos leitores. Então fomos à caixinha e pescamos duas como exemplo. E você, o que acha?



O Spurs é uma vergonha!!! Fazer hack-a-Shaq de novo!!! Time que não confia em suas capacidades defensivas nem ofensivas para fazer isso!!



O hack-a-Shaq, apesar de imoral, não é ilegal. A falta é feita, a falta é marcada, cobram-se os lances livres. O problema todo é a incompetência monstruosa do Shaquille O´Neal para bater lances livres. Se tivesse um aproveitamento digno, ninguém pensaria em usar esta tática contra ele. E ninguém em Phoenix pode argumentar que não sabia disso. Quando ele veio para os Suns, foi no pacote completo - trouxe rebotes, maior presença no garrafão e também um aproveitamento pífio dos lances livres.

FALA QUE EU TE ESCUTO:


>>> "Todo ano a gente enfrenta os Spurs, e eles nos batem toda santa vez. Enquanto eu estiver no time, vamos quebrar isso mais cedo ou mais tarde, porque eu não agüento mais perder pra esses caras. Estou cheio disso e irritado"

AMARE STOUDEMIRE, após o Phoenix ser eliminado pelo
San Antonio pela terceira vez em quatro temporadas.

PELO TÍTULO HISTÓRICO


Flamengo / Foto: Reprodução

Se não bastasse o melhor momento técnico e tático que vive, o Flamengo se preparou bem para o quinto e decisivo jogo da Liga Sul-Americana, nesta noite, contra o Regatas, em Corrientes. Saiu do Brasil
na segunda e treinou no dia seguinte no ginásio do Boca Juniors para evitar maiores desgastes. Depois de boas exibições rubro-negras na terceira e quarta partidas, resta saber como estará a cabeça do time argentino, que vem de eliminação na liga nacional para o fraco Quimsa, por 3-1.

O Flamengo já sofreu um bocado na casa do Regatas quando caiu na armadilha do rival. Soa repetitivo, mas é a pura realidade: não será mole, mas se tratarem de jogar basquete, e só jogar basquete, Marcelinho e Cia. trazem o inédito caneco para a Gávea. Até porque, ao contrário do outro campeão olímpico do torneio (Léo Gutierrez, do Boca), o do Corrientes - Alejandro Montecchia - já não nem é sombra do grande jogador que foi.

E JÁ CAIU O PRIMEIRO...


Avery Johnson / Foto: NBA

Apos a eliminação diante do New Orleans, o Dallas Mavericks demitiu o técnico Avery Johnson. Você concorda com a decisão?

QUEM DIRIA, OSCAR!


Foto: CBB



Não vou dizer que as recentes atitudes de Oscar lembram as de Pelé porque seria exagero. Mas o maior cestinha do basquete brasileiro tem tomado decisões parecidas com as do Rei do Futebol, que, após anos de críticas à CBF, se uniu a Ricardo Teixeira e, talvez sem querer, ajudou a demolir a CPI da Bola.

Foto: CBBSem entrar no mérito do oportunismo de homenagens como esta e o delírio pop-star-eleitoreiro de Lula ao dar ao ex-jogador a Ordem do Rio Branco, nesta terça, em Brasília, chamam a atenção alguns fatos. As fotografias foram distribuídas à imprensa via CBB. Grego esteve na cerimônia (na foto, com o presidente da Federação do DF). O presente do Mão Santa a Lula foi uma camisa da seleção – com direito aos logos de todos os patrocinadores no uniforme, inclusive o da estatal que incrivelmente ainda coloca dinheiro no basquete.

Foto: CBBFoi Oscar que criou uma liga, a NLB, em protesto à CBB. Foi Oscar que cansou de criticar a mesma CBB, que há pouco tempo o ignorava, mas que agora lhe cobre de louros. Foi Oscar que reclamou que não era convidado a opinar, que estava marginalizado pela entidade. Pois então, Oscar, parabéns, você conseguiu!

Sem querer entrar na polêmica sobre a necessidade de render este tipo de homenagem para atletas que fizeram mais pela modadlidade (Wlamir ou Amaury), é triste saber que o ídolo mais recente da bola laranja acaba de compactuar (mais uma vez) com uma administração tão ruim e perniciosa para o nosso basquete.

GOLPE DE CAMPEÃO


Tony Parker / Foto: NBA

O roteiro previa sete jogos, disputa acirrada, clima tenso e, quem sabe, a melhor série de playoff dos últimos tempos. O San Antonio Spurs, que não tem nada com isso, tratou de rasgar o script. Em noite de Tony Parker (31 pontos, oito passes) e Tim Duncan (29 pontos, 17 rebotes), o atual campeão da NBA deu o golpe de misericórdia no Phoenix e despachou o rival do mata-mata. Em jogo equilibrado até o fim (92-87), pesaram os sete desperdícios de bola dos Suns na reta final, sendo três infantis em momentos decisivos - um passe sem direção do Nash, uma assistência do Diaw para a arquibancada e uma reposição de bola errada com 25 segundos no relógio. Falhar desse jeito diante de um time tão consistente pode ser fatal. E foi.

Duncan e Shaq / Foto: NBASe o Phoenix pensava em virar a série e fazer história, o sonho virou pesadelo. A eliminação, diga-se, não é culpa do Shaq. É culpa da troca que envolveu o Shaq. O pivô até rendeu acima do esperado, mas Steve Kerr pagou caro por desmontar o núcleo do elenco no meio da temporada. De uma só tacada, além de mudar o estilo de jogo, o cartola abriu mão de uma peça fundamental no esquema (Marion) e um reserva para Nash (Banks). Dessa maneira,
só valeria a pena se O`Neal cumprisse o que alguns esperavam: frear Duncan na série. Isso esteve longe de acontecer - os números melhoraram em relação à fase regular. Nos confrontos anteriores com o Phoenix em mata-mata, o San Antonio vencia, mas precisava suar. Desta vez, após o épico jogo 1, passou quase sem despentear o cabelo.

Amare Stoudemire / Foto: NBAA subida de produção de Amare Stoudemire (foto) e a elogiável contribuição de Shaquille nos rebotes não compensaram o esfacelamento de um esquema no momento em que os Suns lideravam o Oeste. O time ficou mais frágil, e a prova disso é o retrospecto contra os grandes desde a troca: em 20 partidas, seis vitórias e 14 derrotas. O pior é que, para a próxima temporada, quatro titulares (Shaq, Nash, Hill e Bell) estarão perigosamente um ano mais velhos. E agora, o que fazer?

De imediato, a dica é sentar no sofá e curtir Spurs x Hornets, a partir de sábado. Com um pouco de sorte, quem sabe essa não se transforma na melhor série de playoff dos últimos tempos...

T-MAC NÃO SE ENTREGA


Tracy McGrady / Foto: NBA

Pelo jeito, Tracy McGrady ainda não está pronto para retornar
à velha rotina de assistir às semifinais de conferência no conforto do sofá. Pelo menos não nesta terça-feira, quando brilhou com 29 pontos, cinco rebotes e cinco passes para evitar a eliminação do Houston. O Utah Jazz pode até ser uma equipe mais sólido, mas os Rockets têm, sim, condições de forçar o jogo 7, ainda que o 6 seja em Salt Lake City. Afinal, a impressionante vitória por 95-69 prova que os texanos são capazes de arremessar bem, acertar lances livres e contar com boa produção do banco. Se vão manter essa produção na sexta-feira, aí é outro papo. Mas que a série voltou a ficar boa, voltou.

CONTO DE FADAS, CAPÍTULO 1


Chris Paul e Byron Scott / Foto: NBA

A não ser pelo ataque pouco inspirado e desprovido de organização tática, nada contra o Dallas Mavericks, ok? Mas é quase impossível não festejar
o triunfo dos Hornets. Convém lembrar que, há três anos, a equipe foi forçada a trocar de conferência e caiu na divisão mais forte da NBA. Como se não bastasse, pouco depois,
a cidade de Nova Orleans foi devastada por um furacão. Vieram as múltiplas lesões, a mudança para Oklahoma, a volta para casa e, enfim, o sucesso. Comandado por um armador brilhante e absurdamente maduro para quem tem 22 anos,
o time acaba de despachar dos playoffs o experiente Dallas Mavericks de Kidd e Nowitzki. Parece um conto de fadas.

No jogo 5, Paul ainda deu de brinde à torcida um triplo-duplo, com 24 pontos, 15 assistências e 11 rebotes. A vitória por 99-94 veio justamente no dia em que Byron Scott foi eleito técnico do ano. Scott, Paul, West, Chandler, Peja, Pargo, estão todos de parabéns. E, veja bem, a história ainda não acabou.

QUAL É O VERDADEIRO DETROIT?


Tayshaun Prince / Foto: NBA

É difícil acreditar, mas o Detroit precisou de cinco jogos para, enfim, liderar a série contra o Philadelphia. Como eu estava na transmissão de Hornets x Mavs, não consegui assistir à partida - aliás, detestei essa história de dois jogos no mesmo horário. Mas, pelo que
li depois, a turma de azul finalmente entendeu que o playoff começou. É claro que,
se os dois times jogarem o seu melhor, dá Pistons. Por isso é tão difícil entender os apagões que o time tem durante o mata-mata. O problema é que, agora parte o estrago está feito. A vitória inapelável por 98-81 garante a liderança da série por 3-2, mas não o favoritismo para o jogo 6, na Filadélfia. Afinal, qual Detroit entrará em quadra nesta quinta?

terça-feira, 29 de abril de 2008

A ARTE DO PASSE


Luke Walton / Foto: NBA

Dizer que os Lakers passaram pelo Denver porque o rival não sabe marcar é meia verdade. George Karl é bom treinador, mas não foi capaz de fazer um elenco com três excelentes defensores (Iverson, Camby e Martin) jogar coletivamente
na retaguarda - os Nuggets levaram mais de 100 pontos nas quatro partidas.

Outra parte da história é verificar a qualidade ofensiva do time de Phil Jackson. Com Gasol e seus passes no meio do garrafão, o sistema de triângulos vibra mais, as peças ficam perfeitamente espaçadas ao redor do espanhol (o posicionamento lateral libera Lamar Odom para as infiltrações) e os arremessos livres aparecem com uma freqüência absurda. Os números mostram isso. Se na temporada os Lakers anotavam 108 pontos e 24 assistências, na primeira fase dos playoffs os números cresceram. Melhor ataque da pós-temporada com 114.7 pontos, o time acertou 112 de seus 169 arremessos (66.2%, cinco a mais que os já excelentes 61.7% da fase regular) através de assistências (média de 28, melhor entre os 16 times).

Lakers / Foto: NBAKobe Bryant, o cestinha do time, também lidera a equipe em assistências nos playoffs com 6.3 - destas, a metade é para Gasol, que se aproveita da marcação sobre o ala do lado oposto e se posiciona perto da cesta para receber os passes. Outros seis jogadores, inclusive os contestados Luke Walton e Radmanovic, têm
mais de 2.5 passes por jogo.

GRANDE JOGADA, MICHAEL JORDAN!


Michael Jordan e Larry Brown / Foto: NBA

Estava claro que Larry Brown voltaria à beira da quadra após sua saída da presidência do Philadelphia. E será ao lado do patrão Michael Jordan, que acaba de contratar o técnico para o Charlotte Bobcats. Este será o nono time treinado pelo veterano, quase um terço das equipes da liga. Com um elenco recheado de jovens valores (May, Morrison e Felton) e boas peças (Jason Richardson e Gerald Wallace), nada melhor que contratar o único a ser campeão da NCAA e da NBA.

Vamos ver até onde vai a capacidade dos jogadores em assimilar as lições do mestre de 67 anos, e até onde vai a paciência de Brown em lidar com os erros de um elenco sem confiança após uma temporada desastrosa de apenas 32 vitórias. Para lembrar: esta mesma combinação se tornou um barril de pólvora com os Knicks. A diferença é que, lá, havia Isiah Thomas para atrapalhar. Que Jordan não manche a sua história como o ex-armador dos Pistons e deixe Larry Brown fazer o que mais sabe: ensinar.

BYRON SCOTT É O TÉCNICO DO ANO




Concorda com a escolha? Tem outro candidato? Dê sua opinião.

NBA NÃO VAI PUNIR JASON KIDD




A NBA optou por não suspender ou multar Jason Kidd pela falta flagrante que ele fez em Jannero Pargo no jogo 4 entre Dallas e New Orleans. E você, concorda? Veja o lance no vídeo e opine.

VASSOURA INAPELÁVEL


Kobe Bryant / Foto: NBA

Ok, não deu nem para sentir cócegas. Primeiro classificado para as semifinais do Oeste, o Los Angeles Lakers é também
o único a varrer seu oponente por 4-0 no primeiro round do playoff. A vitória por 107-101 sobre os Nuggets no jogo 4 foi apenas mais do mesmo: boa defesa, ataque equilibrado, Pau Gasol consistente, Kobe Bryant chamando a partida no último quarto. Ao Denver, cabe agora repensar a filosofia. Concordo com o que o Kenny Smith disse no estúdio da TNT: a série deixou claro que, além de não ter defesa, o time também não tem um bom esquema de ataque - apenas conta com jogadores ótimos ofensivamente no um-contra-um. Falando em repensar, Carmelo Anthony precisa botar a cabeça no travesseiro e avaliar sua atitude dentro e fora da quadra. Allen Iverson, de certa forma, sai de cabeça erguida, mas é inevitável notar que o Philadelphia, sem ele, continua por aí.
Para terminar: alô, Moncho! O primeiro brasileiro está liberado.
Brincadeiras à parte, Nenê sai de férias com saldo amplamente vitorioso. Não dentro da quadra, claro, mas no jogo da vida.

COM A MÃO NA FORMA


Joe Johnson / Foto: NBA

Se alguém dissesse que a série entre Boston e Atlanta chegaria ao quinto jogo empatada, seria chamado de louco. Após a vitória dos Hawks por 97-92, o fato improvável virou realidade, mesmo com apenas três atletas do time vencedor pontuando em dígitos duplos. Depois de um terceiro período com derrota assustadora de 27-14, coube a Joe Johnson, cestinha da noite com 35 pontos, recolocar o jovem elenco de Mike Woodson nos trilhos. Seus 20 pontos no quarto derradeiro foram fundamentais para a parcial de 32-17, que valeu a segunda vitória do time na série e mostrou que faz sentido a até hoje contestada decisão do ala de trocar o então potente Phoenix Suns pela combalida equipe da Geórgia. No fim da partida, um torcedor do Atlanta vestia a camisa de Dominique Wilkins e beijava a de Joe Johnson. Uma reverência
ao passado e ao presente da franquia que, quem diria, pode desbancar o time de melhor campanha da liga.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

TUDO AZUL NA FLÓRIDA


Dwight Howard / Foto: NBA

O Toronto Raptors até brigou. Cortou a diferença do Orlando Magic para dois pontos a quatro minutos do fim do jogo, justamente quando Dwight Howard cometeu sua quinta falta. Mas aí veio aquela lembrança repentina: opa, nós somos o Toronto Raptors. E lá foi a confiança ladeira abaixo.
A vantagem do time da casa logo pulou 11, graças à mira calibrada de Nelson e Bogans. O grande destaque, adivinhe, foi Dwight Howard. No terceiro jogo na Flórida, ele bateu a casa dos 20-20 pela terceira vez - 21 pontos e 21 rebotes nesta segunda. Um monstro. A vitória por 102-92 fecha a série em 4-1. Agora cabe ao Orlando descansar enquanto Pistons e Sixers se pegam no confronto mais equilibrado do primeiro round.

SOMBRA E ÁGUA FRESCA




Parece que o vexame aprontado pelo Miami Heat nessa temporada foi o suficiente para Pat Riley. Treinador vitorioso, ele não agüentou a campanha de 15 vitórias e 67 derrotas e não treinará a equipe em 2008-09. Apesar da saída, o rei da gomalina continuará como presidente de operações da franquia, que será dirigida, agora, por Erik Spoelstra, atual assistente do time.

Não deve ser fácil possuir um currículo como o de Riley e perder, perder e só perder enquanto rivais da mesma geração (Phil Jackson por exemplo) ainda seguem vencendo – isso sem falar em aturar "barangas" como Ricky Davis e Jason Williams. Além disso, encarar a fase de reconstrução do Miami, que pode ser ainda mais dolorosa, requer muita paciência, qualidade que Pat nunca colocou entre as suas preferidas.

TRÊS PONTOS - A RODADA DE HOJE




1) Tirando aquele fulano que a gente conhece, Luke Walton pode até ser o melhor jogador dos Lakers na série. Além das médias superiores a 16 pontos, cinco passes e cinco rebotes saindo do banco, o aproveitamento nos arremessos é de 73%!

2) Al Horford é um belo calouro, mas paga pela inexperiência.
Na vitória do Atlanta sobre o Boston, ele se empolgou com a torcida e provocou Paul Pierce de forma ostensiva. O ala dos Celtics não respondeu. Talvez tenha deixado para logo mais...

3) Vida de treinador não é mole. A manchete de hoje no jornal Toronto Star põe em dúvida o emprego de Sam Mitchell, eleito melhor técnico do ano em 2007. Aliás, os dois anteriores (Avery Johnson e Mike D`Antoni) também vêm sofrendo com as críticas.

MARESIA


Josh Howard / Foto: NBA

Após admitir que fuma maconha na pré-temporada, o ala Josh Howard, do Dallas, publicou uma nota em seu site pessoal na manhã de domingo: "Eu fiz um julgamento errado e quero pedir desculpas aos meus fãs, aos Mavericks e à NBA. Sei que tenho uma responsabilidade como modelo para jovens torcedores, e levo a sério essa responsabilidade". À noite, para oficializar as desculpas, ele errou 13 dos 16 arremessos que tentou e deixou seu time à beira de ser chutado do primeiro round pelo segundo ano seguido.

CRESCEU E APARECEU


Hedo Turkoglu / Foto: NBA

Quando o Orlando Magic anunciou a contratação de Rashard Lewis, todo mundo esperava que o time cumprisse uma boa campanha. Dito e feito, mas não exatamente
por esse motivo. Com altos e baixos, Lewis mal chegou
e logo perdeu o posto de segundo nome do time para Hedo Turkoglu, que será anunciado nesta segunda
como o jogador que mais evoluiu na temporada. Com as melhores médias da carreira em pontos (19.5), rebotes (5.7) e assistências (cinco), o turco foi fundamental para garantir ao Orlando a terceira posição do Oeste. E, enfim, os troféus da liga ajudam a corrigir os dois principais erros do All-Star Game: primeiro Ginóbili, como sexto homem, e agora Turkoglu, premiado pelo salto de qualidade.

SEM EXPERIÊNCIA, COM TALENTO


Chris Paul / Foto: NBA

A sete minutos do fim, para coroar uma atuação horrorosa (três pontos e três passes), Jason Kidd puxou Jannero Pargo pela nuca e o lançou
ao chão. Expulso pela falta grosseira, o veterano era o retrato mais fiel da frustração do Dallas Mavericks, agora a um passo de ser eliminado no primeiro round pelo segundo ano seguido. Ao contrário do que eu pensava, a troca com o New Jersey Nets não funcionou. Kidd não se enquadrou no esquema de jogo (ou vice-versa!) e, para piorar, está trombando logo de cara com o melhor armador da temporada. Chris Paul, que não tem nada com isso, flertou com o triplo-duplo no domingo (16 pontos, oito passes e sete rebotes) e ajudou David West a sair como herói da noite - 24 pontos e nove rebotes após passar os últimos dias calado. A vitória incontestável por 97-84 deixa o New Orleans perto de avançar e provar que o talento pode suprir a falta de experiência.

domingo, 27 de abril de 2008

DIRETO DA CAIXINHA

Com o debate sempre fervendo nos comentários, damos mais um pulo na caixinha e pescamos o Ricardo "Tio Zeca" Stabolito Jr, do
blog OpiNBA. Ele tem uma opinião sobre o Boston Celtics diferente do que costumamos ouvir por aí. E você, o que acha? Comente!


Kendrick Perkins / Foto: NBA

O Boston Celtics não é tudo isso. Tem problemas sérios na posição 5 (na foto ao lado, o pivô Kendrick Perkins) e, não à toa, tem retrospecto negativo na temporada regular contra Dwight Howard e o Orlando Magic). Não possui um banco tão forte (Cassell não é sombra do que já foi) e é seriamente ameaçado quando cai na velocidade de outros times (no jogo 3, foi surrado pelo atleticismo e pela rapidez do Hawks). Vai vencer esta série, mas está longe de ser esta maravilha que muitos dizem. Quando a defesa não entra, é um time comum, entregue à qualidade individual do trio Kevin Garnett, Paul Pierce e Ray Allen.

ENFIM, UMA SÉRIE EQUILIBRADA


Rasheed Wallace / Foto: NBA

O primeiro tempo do jogo 4 no domingo dava a entender que o Philadelphia 76ers abriria um impensável 3-1 na série contra os Pistons - os visitantes acertaram apenas 37% dos seus arremessos antes do intervalo e desceram para o vestiário perdendo por 10. Eis que surge o terceiro quarto,
e o Detroit finalmente encaixa
a defesa, completando uma seqüência de 14-1 e fechando a parcial em 34-16. Rip Hamilton entrou no jogo, Chauncey Billups finalmente acordou (a pedido do Balassiano), e Rasheed Wallace deu mais uma aula de basquete, com 20 pontos, 10 rebotes e quatro tiros certeiros
de longa distância. A vitória por 93-84 devolve ao Detroit a vantagem do mando de quadra e o favoritismo na série, mas não há favas contadas aqui. Por agora, só dá para dizer que o tal playoff mais equilibrado de todos os tempos, enfim, tem um 2-2.

ESTRÉIA TARDIA


Raja Bell / Foto: NBA

Após três derrotas dolorosas, o Phoenix Suns conseguiu evitar uma varrida dentro de casa. E evitou com estilo. Jogando seu melhor basquete nos playoffs até agora, o time do Mike D`Antoni deu um baile num San Antonio relaxado demais para quem quer ser campeão. A defesa apertada no início foi fundamental, e o castigo pelo ridículo hack-a-Shaq que Gregg Popovich insiste em fazer no primeiro quarto (um dos melhores técnicos do planeta usando estratégias de várzea) veio com um impiedoso 34-13 nos 12 minutos inciais. Em noite de Boris Diaw e Raja Bell, o Phoenix desta vez não deixou a vantagem evaporar - ao contrário, manteve a concentração do início ao fim. A vitória por 105-86 é animadora, apesar de o caminho ainda ser muito longo. Outro triunfo na terça-feira, no Texas, incendeia a série. Mas aí é outro jogo, outro cenário, outra história. Pena que o Phoenix deixou para estrear tão tarde no mata-mata.

O HERÓI IMPROVÁVEL


LeBron e West / Foto: Reprodução

Delonte West veio como contrapeso na troca que deveria reforçar o Cleveland. Mas com pesos mortos com Ben Wallace e Wally Szczerbiak, o tal do contrapeso se tornou o melhor dos reforços dos Cavs na tarde de domingo, com 21 pontos (cinco bolas de três, inclusive a última, a menos de seis segundos do fim) e cinco assistências. O time de Mike Brown venceu o jogo 4 (100-97) contra o Washington, ampliou a vantagem para 3-1 e praticamente garantiu a passagem de fase. LeBron James, genial nos três primeiros períodos (quando marcou 31 pontos), somou apenas três nos 12 últimos minutos, mas agiu como um grande jogador: marcado, tratou de passar a bola para seus companheiros (inclusive para West nos segundos finais). Gilbert Arenas ainda teve a chance do empatar no fim, mas, bem marcado pelo mesmo West, errou o arremesso. O ex-armador do Seattle, que vinha de duas partidas medíocres (três e cinco pontos), sai como herói do time de LeBron James, e isso já
vale um capítulo especial neste playoff morno até então.