sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
40 PERGUNTAS PARA CARLOS NUNES
Há oito meses na presidência da CBB, Carlos Nunes está sempre espremido entre reuniões. Foi entre duas delas que ele recebeu o Rebote para uma conversa na tarde de quarta-feira. A sala que ele ocupa na sede da entidade, no Centro do Rio, nem é a da presidência usada por Grego ("Aquela é muito escura"), e sim a do Departamento Técnico, que ganhou total autonomia em sua gestão para decidir questões primordiais como a escolha dos técnicos das seleções. Por cerca de uma hora, o papo passeou por vários assuntos, e eu decidi colocar tudo aqui, 40 perguntas, na íntegra. O resultado é o post mais longo da história do blog, por isso editei tudo de forma "destacável", separando 11 temas. Se você não quiser ler tudo, basta se guiar pelas tarjas azuis e escolher seus assuntos favoritos. Depois, comente na caixinha.
>>> "Não tinha conhecimento de uma herança de processos contra a CBB, achei que já estava resolvido"
- REBOTE - Nestes oito meses, administrar a CBB tem sido uma tarefa mais fácil ou mais difícil do que o senhor esperava?
CARLOS NUNES - Está dentro do esperado. É claro que a gente tem algumas surpresas. Não tinha conhecimento, por exemplo, de uma herança de processos contra a Confederação. Achei que isso já estava resolvido. Mas nosso departamento jurídico está paulatinamente solucionando essas questões, e há uma boa vontade de todos em encontrar um denominador comum.
- Se desse para escolher um ponto positivo deste ano, qual seria?
- Na quadra, as duas conquistas da Copa América. Na administração, a alteração do estatuto. Agora o presidente só tem direito a uma reeleição, e a administração não pode extrapolar a sua gestão em compromissos financeiros.
- E o ponto negativo?
- Acho que não teve nenhum até agora. Nossa gestão sempre encara as coisas pelo lado positivo. Mesmo que tivesse acontecido algo negativo até agora, a gente procura tirar o lado positivo.
>>> "A Fiba Américas nos mandou uma reclamação por escrito, dizendo que o Moncho reclamava muito"
- Neste domingo, os diretores André Alves e Vanderlei Mazzuchini vão conversar com o técnico Moncho Monsalve na Espanha. Qual é a expectativa para esse papo? Está mais para ele ficar ou sair?
- A expectativa é de ficar, né, ele ainda é o técnico. Mas vai depender muito dele e dessa conversa. Não quero me envolver nesse aspecto, é uma autonomia que estou dando ao Departamento Técnico. É claro que, se a filosofia implantada pelo departamento não der certo, eu vou ter que cobrar. Mas por enquanto dou todo apoio.
- No caso do Moncho, quais são os pontos pendentes?
- Sobre o salário, ele disse que não há mais problema. Então é principalmente a disponibilidade dele para cumprir o cronograma, desde que ele esteja liberado pelo médico. Estive com ele após a cirurgia, ele já me disse que até fevereiro não estará liberado.
- Qual é a sua impressão pessoal sobre o trabalho dele?
- É boa. No início houve uma certa surpresa, porque o Moncho nunca tinha dirigido grandes clubes. Mas no Brasil ele cumpriu as metas que foram determinadas. Não tenho nada a reclamar sobre o trabalho dele, ao contrário, só tenho a elogiar.
- Os jornalistas que cobriram a Copa América em Porto Rico (eu, inclusive) ficaram com a impressão de que não era bom o relacionamento dele com a direção técnica da CBB. Tanto pelo lado do Moncho como pelo do André e do Vanderlei, algumas declarações não eram das mais amistosas. Isso é só uma impressão ou realmente há divergências entre as partes?
- Para dizer a verdade, eu nem tomei conhecimento disso. O que eu soube é que houve uma reclamação da Fiba Américas.
- Reclamação sobre o quê?
- Dizendo que ele reclamava muito sobre a organização. A Fiba Américas nos mandou uma reclamação por escrito. Sobre o André e o Vanderlei, eu não sei. Mas essa viagem deles para conversar com o Moncho também serve para aparar arestas que possam existir.
- E se o Moncho não ficar, qual é o plano B da Confederação?
- Tivemos uma reunião na semana passada, e ficou decidido que estamos abertos a ouvir outros técnicos.
- Comenta-se que o Marcel pode ser um desses técnicos, até por ter apoiado sua campanha no ano passado.
- Não, nada a ver. Não temos nomes ainda.
- E o Paulo Bassul? Como está a situação dele?
- Seguimos a mesma linha de ouvir outros técnicos. A Hortência deve resolver isso em uma data parecida com a do Moncho.
- E a sua avaliação sobre o trabalho do Bassul, qual é?
- É boa também, mesma coisa do Moncho. Ele teve esse problema com a Iziane, mas está totalmente aberto e já disse que não tem nada contra ela. A volta só depende dela.
>>> "Segundo a Hortência, nós vamos convocá-la. Se ela quiser
vir ou não, é outro problema"
- O senhor acha que a Iziane volta para a seleção?
- Eu acho que sim, por que ela não voltaria?
- Porque até agora ela não deu nenhum indício de que está disposta a voltar, apesar da insistência da Hortência. A Confederação não está exagerando ao insistir tanto em uma jogadora que não mostra nenhuma vontade de vestir a camisa da seleção?
- Segundo a Hortência, nós vamos convocá-la. Se ela quiser vir ou não, é outro problema. Da mesma forma como fizemos com o pessoal da NBA, mostramos para eles a nova estrutura da Confederação. Fizemos agora também com a Érika. Se os atletas querem vir, são muito bem-vindos. Se não quiserem, paciência.
- Esse diálogo com os principais jogadores da seleção masculina foi um dos pontos mais elogiados do início da sua gestão. Varejão, Leandrinho e Splitter visitaram a sede da CBB e defenderam a seleção na Copa América. Falta o Nenê?
- Sobre o Nenê, nós vamos aproveitar um convite da NBA para assistir o All-Star Game. Entramos em contato com o empresário dele, o Alex Santos, para ver se o Nenê pode nos receber. O Alex nos respondeu que ele está disposto. Então vamos conversar.
>>> "Quem estiver no comando
da seleção agora já vai estar programado para ficar até 2016"
- Com as Olimpíadas de 2016, o Comitê Olímpico Brasileiro tende a cobrar mais das confederações. O que a CBB tem a apresentar para o COB nesse planejamento a longo prazo?
- A relação com o COB é excelente. Nós já apresentamos nosso projeto até 2016, tanto na área técnica como na administrativa. Agora pleiteamos uma audiência com o ministro do Esporte.
- O que tem nesse projeto?
- Primeiro, um aprimoramento na base, na formação de atletas. Temos a programação definida de tudo que uma seleção tem que fazer para chegar ao pódio em 2016. Queremos fazer uma seleção permanente, tanto no masculino como no feminino, e uma continuidade da comissão técnica. Quem estiver no comando da seleção agora já vai estar programado para ficar até 2016. É claro que isso é difícil, mas vamos bater nessa tecla.
- Como funcionaria essa seleção permanente?
- Nós escolheríamos um determinado número de atletas com o potencial para chegar bem a 2016. Eles teriam uma programação pré-estabelecida, para aprimorar o lado técnico. Também temos programação com as confederações da Europa, principalmente a espanhola. Já tivemos duas reuniões com o presidente para que os clubes não tenham mais aquele ranço de liberar os atletas, como aconteceu agora na Copa América com o Paulão.
- Esse contato com as federações estrangeiras não poderia servir também para trocar experiências administrativas e aprender com os modelos que eles adotam lá?
- Com certeza. Estamos projetando clínicas e promovendo o intercâmbio. Eles também têm alguma coisa a aprender conosco. E nada melhor que o intercâmbio.
- Voltando ao projeto apresentado ao COB, como funcionaria na prática esse programa para aprimorar a base?
- Muito intercâmbio e apoio às federações, que são as geradoras de atletas. Queremos que nossos atletas participem de mais competições internacionais. O grande problema é esse. Nossos atletas vão aqui para um Sul-Americano e apanham porque não têm a experiência, a rodagem. O projeto contempla isso.
- E a tão falada padronização de filosofia? Até a Janeth, que acaba de virar técnica, cobrou a implantação de um programa para que todos os técnicos passem a trabalhar sob a mesma filosofia. É possível adotar esse modelo no Brasil?
- É possível. A Escola de Técnicos tem isso como uma meta.
>>> "Não vejo os nossos técnicos investindo neles próprios"
- Falando na Escola de Técnicos, em que pé está?
- Vamos ter a primeira reunião no dia 19, este sábado. Quase todos os técnicos aceitaram. Temos um conselho formado pelos principais técnicos, mas todos terão acesso. E todos terão de participar dos cursos e das clínicas, como é feito na Europa. Um treinador não vai poder dirigir uma seleção estadual se não tiver aquele conceito do curso. Isso vai trazer um grande benefício.
- E quando isso tudo vai finalmente sair do papel?
No ano que vem. Essa primeira reunião é justamente para formatar a área técnica e definir o calendário.
- Uma das críticas que a Escola vem recebendo é o fato de ser coordenada pelo preparador físico Diego Jeleilate, que é um profissional muito bem visto no meio do basquete, mas não é um técnico. Qual foi o critério?
- O Diego é um coordenador, quem vai comandar mesmo é o corpo de técnicos. Ele já tinha esse projeto e vai coordená-lo, vai ser um mediador, não significa que é ele quem vai mandar. Quem vai dirigir mesmo é o Lula Ferreira, o Hélio Rubens, o Cláudio Mortari, os técnicos em geral. Essa é uma característica da nossa gestão, não tem mais um cara que manda em tudo. Há sempre um colegiado que discute todas as questões.
- A Escola vai olhar também para técnicos brasileiros que estão trabalhando fora do país? Temos alguns exemplos como Walter Roese, Julio Pacheco, Vitor Imbuzeiro, Walter Carvalho. De que forma eles podem ser úteis nesse processo?
- Eles certamente vão ser muito úteis. Eu nem sei se é bom politicamente bom dizer isso, mas eu desconheço técnicos aqui no Brasil – a não ser o Alberto Bial, ou João Marcelo Leite – que vão fazer cursos no exterior. Não sei se eles vão ficar ofendidos, por favor não fiquem, mas não vejo os nossos técnicos investindo neles próprios. Tem curso na Itália, na Rússia, nos EUA...
- Mas esse não é também um papel da CBB? Fazer um curso no exterior não é barato, é preciso haver um investimento. A Confederação não pode ajudar mandando alguns técnicos e exigindo que, na volta, eles repassem esse conhecimento?
- Também é papel da CBB, mas principalmente dos técnicos. Tem que partir de cada um, eles têm que fazer um investimento neles. Os próprios técnicos das nossas seleções brasileiras que participam de competições internacionais precisam, depois dos torneios, dar palestras sobre a experiência. Ainda não tivemos a oportunidade, mas estamos programando isso.
>>> "Vamos procurar em todo o
país crianças com perfil de basquete, e os garotos selecionados na peneira serão ajudados pela CBB"
- O Nordeste sempre reclama que não recebe a devida atenção. Como integrar a região e fazer o basquete crescer por lá?
- Não é só o Nordeste, mas também o Norte e até o Centro-Oeste. No ano que vem, pretendemos revitalizar a Copa Brasil regionalmente, como já foi feito tempos atrás. Os clubes que estiverem na Copa Brasil não podem estar no NBB. O Kouros Monadjemi (presidente da LNB) tem uma proposta de colocar os dois últimos do NBB para enfrentar os dois primeiros da Copa Brasil, e os dois primeiros do quadrangular entrariam no NBB seguinte. Agora, um problema precisa ser esclarecido: se esses dois subirem para o NBB e tiverem que pagar a franquia, eu acho que inviabiliza. Temos uma reunião agendada com o Kouros para o dia 17 de janeiro. E estamos também pleiteando à Abasu [dirigida por Grego] uma vaga a mais no Sul-Americano de clubes, que seria preenchida pelo campeão da Copa Brasil.
- O Rio será sede das Olimpíadas, mas o basquete carioca atravessa um momento ruim, à exceção do Flamengo, que consegue brigar por títulos mesmo com inúmeros problemas financeiros. No feminino, os problemas também são muitos. De que forma a CBB pode ajudar o basquete do Rio e de outros estados que enfrentam problemas semelhantes?
- Na Federação carioca, nós damos apoio à base, que é o que nos interessa. E na base o Rio não está tão mal. Pelo estatuto, a CBB não pode ter nenhuma ingerência nos clubes, isso é um trabalho das federações estaduais. Não podemos chegar lá e dizer: vocês têm que fazer tantos campeonatos, isso ou aquilo. As federações são autônomas. Nossa preocupação é a base.
- Então a gente volta ao projeto entregue ao COB. De que forma ele pode ajudar a base nos estados?
- Temos um projeto, no masculino e no feminino, de selecionar crianças de diferentes idades no Brasil inteiro para fazer peneiras. Vamos procurar em todo o país crianças com perfil de basquete, que sejam altas, por exemplo. Vamos às escolas, as federações vão ajudar. E esses garotos selecionados na peneira serão ajudados pela CBB para que eles não saiam do país e, quando saírem, sejam acompanhados.
- Há muito tempo se fala sobre a construção de um centro de treinamento exclusivo para o basquete. Como está isso?
- Ainda não tivemos tempo para ver isso, mas já temos diversas ofertas: Macaé, Barra Mansa, Brasília. Temos que ver isso com muita calma, porque um centro de treinamento é dispendioso. O Ary Graça, do vôlei, me disse que tem uma certa dificuldade para manter o CT do vôlei em Saquarema, mesmo com um bom patrocínio. Nós também temos um bom patrocínio, mas ainda não dá. Temos que fazer, mas precisamos procurar um parceiro para absorver o custo. O assunto será tratado no primeiro trimestre.
- Falando em patrocínios, a CBB teve uma reunião com a Nike esta semana, certo? Em que pé estão essas conversas?
- Na verdade foi a empresa do Brunoro, eu só fui para ser apresentado. Foi com a Nike e com a Li Ning. Mas são apenas os primeiros contatos, haverá outras reuniões. E nós queremos muito continuar com a Champion, que está há algum tempo aqui.
- O basquete feminino pede ajuda há muito tempo no Brasil. Como vai ser essa nova liga prevista para 2010?
- Estamos procurando parceiros para que a gente possa estender o Nacional feminino para outros estados. A grande dificuldade é a locomoção, então vamos atrás de parceiros para cobrir gastos de transporte.
- E esse transporte seria de avião? Porque no Nacional as equipes sofrem bastante com longas viagens de ônibus...
- Sim, em determinadas distâncias o avião pode até sair mais em conta. Mas é claro que, para um país de dimensões continentais como o nosso, o transporte vai ser sempre um problema.
- Essa nova liga vai sair do papel no segundo semestre?
- Não sei, talvez até no primeiro. Mas precisamos adequar os calendários para não atropelar com os estaduais.
>>> "Queremos ser campeões. [...] Racionalmente, não dá. Mas até lá temos bom tempo para trabalhar"
- Qual é a meta do Brasil para os Mundiais de 2010?
- Ser campeão, claro! Se não der, tudo bem, mas a gente não pode entrar numa competição pensando que terminar em sexto, sétimo ou oitavo está bom. Queremos ser campeões. Temos estrutura, temos atletas e vamos trabalhar para isso.
- Mas, presidente, pensando no masculino, por exemplo, com adversários do nível de Estados Unidos, Espanha, Grécia, racionalmente dá para acreditar no Brasil campeão mundial no ano que vem?
- Não, racionalmente não dá. Mas até lá nós ainda temos um bom tempo para trabalhar.
- E no feminino? O Brasil ainda tem time para se manter entre os quatro primeiros do mundo?
- Acho que sim. É no feminino que nós temos mais chances de medalha. Agora nós equiparamos tudo. As mesmas condições do masculino são as do feminino. Vamos buscar um resultado bom.
- Se o senhor pudesse fazer um pedido para 2010, qual seria?
- Ser campeão mundial. Assim mataríamos as duas coisas de uma vez: o título e a classificação para as próximas Olimpíadas. E também queremos trazer o Pré-Olímpico de 2011.
- Em que cidade seria o Pré-Olímpico?
- É uma exigência da Fiba Américas que seja no Rio. Eles dizem que, se for no Rio, já colocamos vários adversários para trás.
- E vocês já falaram com a Prefeitura do Rio?
- Ainda não, estamos esperando passar esse período de festas de fim de ano, depois vamos falar.
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12 comentários:
Nota-se uma boa intencao, mas alguns pontos como o caso Iziane nos deixam com aquela impressao de um passo para trás, ou uma gestao que busca à qualquer maneira bons resultados. Também acho que o Moncho e o Bassul mereciam um pouco mais de consideracao, principalmente o útlimo, afinal quem deve convocar uma atleta é o técnico ou a confederacao?!
E pô, o Moncho reclama demais? Vimos aqui vários posts seu Rodrigo, de que a organizacao lá em Porto Rico foi ruim pacas.
Mas no geral, a minha visao continua sendo positiva dessa nova gestao. Claro que nao poderíamos esperar uma mudanca da água para o vinho, mas uma sensível melhora já dá para notar.
No mais, bela entrevista Rodrigo! Nem pareceram quarenta perguntas, foi bem legal de ler!
Abraco!
As partes ruins são as coisas que já vem da administração passada, como o caso Iziane e os técnicos das seleções adultas.
Agora, a coisa que mais me chama a atenção é a preocupação do presidente com a base. Sele falou no mínimo umas 10 vezes sobre isso na entrevista...EXCELENTE!
Parabéns Rodrigo
MARQUINHOS - CAMPINAS
Parabéns pela entrevista Rodrigo!
Admiro muito o trabalho do Bassul desde a época das categorias de base aqui na macaca (várias atletas hoje na seleção jogaram aqui em Campinas).
Fiz uma retrospectiva dele na seleção(não sei se está completa):
1)Pré-Olímpico 2007
4 vitórias
1 derrota para Cuba por 2 pontos
2)Sulamericano 2007
5 vitórias (campeão)
3)Pré-Olímpico Madrid 2008
4 vitórias
1 derrota - prorrogação BieloR.
4)Olimpíadas 2008
1 vitória
1 derrota Coréia - prorrogação
1 derrota Letônia - 1 ponto
1 derrota Rússia (bronze) - 10 pontos
1 derrota Austrália (prata) - 15 pontos
5) Copa América 2009
5 vitórias (campeão)
Como foram poucas derrotas e por diferenças pequenas penso que a seleção está no caminho certo e se a CBB desse retaguarda para o Bassul trabalhar e gastasse toda esta energia que perdem com a Iziane para tirar a Érica da WNBA (se não me engano ela não conseguiu jogar nenhuma destas competições) o Brasil brigará por medalha no Mundial.
O que vc acha desta análise Rodrigo?
Para mim é a Érica e a harmonia da equipe que podem fazer a diferença e a CBB está cega só pensando em Iziane!
Rodrigo,
valeu pela entrevista, as perguntas foram muito bem colocadas.
Sobre o caso da escola de tecnicos, eu fico preocupado com a situacao dos tecnicos que voce citou, que estao fora do pais.
Eu por exemplo, ja sao 12 anos fora do Rio. quando eu estava no Japao, eu fiz varias viagens aos EUA para visitar universidades americanas para aprimorar o meu conhecimento. Michigan State, Evensville, Syracuse. Passei de 8 a 15 dias em cada uma dessas viagens conversando com os tecnicos, vendo treinos, jogos, reunioes dos tecnicos, videos e etc.
Hoje eu moro eu sou tecnico nos EUA, o acesso as clinicas daqui e bem mais facil, ja que eu nao preciso mais atravesar o oceano pacifico em cada viagem.
Mas o caso e que ninguem na CBB fica sabendo disso, entao eu nao tenho como ajudar outros tecnicos no Rio ou no Brasil. ou ainda se eu nao fizer parte da escola de tecnicos eu nunca poderei ser tecnico de um time (ou selecao)no Brasil.
Mas a entrevista foi sensacional e obrigado pela forca mais uma vez.
As fotos do meu jogo na quadra do Detroit eu mando semana que vem.
Perdemos o jogo por 7 pontos , mas foi uma festa poder jogar na quadra da NBA.
Abraco grandes
Apesar das respostas serem um tanto superficiais, a entrevista foi ótima, pois foi abrangente, ao tratar de vários assuntos. Acho que agora poderiam ser feitas entrevistas com ele ao longo do ano aprofundando cada um dos temas que você separou. Mesmo ocupado com reuniões, o Presidente tem que reservar um espaço para a imprensa, sobretudo os jornalistas que cobrem especificamente o basquete. É uma boa forma de dar transparência a sua gestão.
Abraços!
Excelente entrevista.
Por essa entrevista e por outras ações da CBB dá pra ver que tem gente bem intencionada comandando nosso basquete. Acho que estamos no caminho certo para evoluirmos.
Parabéns pelo post
Excelente entrevista, Rodrigo. Incrível que vc tenha segurado o homem até responder 40 perguntas!!! E transcrever isso tudo deve ter sido um saco também hahaha
Parabéns, vou dar uma moral na entrevista no BB. Abraço!
Excelente entrevista! Depois de lê-la terminei com uma sensação positiva em relação ao futuro do nosso basquete.
Excelente entrevista mesmo! Parabéns, Rodrigo.
Fiquei feliz com o conteúdo das respostas tb. O discurso me parece bonito e tb me causa uma boa sensação, de que finalmente as coisas devem andar pra frente por aqui.
Tb achei legal ele ter falado tanto nas categorias de base.
Mas um ponto me preocupou. Com relação à Escola de Técnicos, "Quem vai dirigir mesmo é o Lula Ferreira, o Hélio Rubens, o Cláudio Mortari". Nããão! Se for assim o máximo que a gente consegue é não sair do lugar. Precisamos de mentes novas e inovadoras. Chega desses homens que estão no basquete há 300 anos e não ajudam mais em praticamente nada.
Eu torço muito por essa nova gestão. Uma coisa que vejo como fundamental é a preparação dos técnicos de base do Brasil. Pelo que li, no projeto pra 2016 pensa em formar uma seleção permanente. Uma boa idéia, mas vejo que seria melhor ajudar no aprimoramento dos técnicos de base. Esse simpósio é uma ótima forma para isso! Promover esse tipo de evento pro basquete é fundamental e tem que ser no Brasil, parar com essa coisa de fazer tudo em Sampa! Outra coisa é a escola de técnicos, quero muito saber como vai funcionar. De mais, sem comentários! Boa entrevista Rodrigo, parabens!
É duro sair do país para quem está começando e pagar 3000 euros em uma clinica por exemplo.
É fácil falar em desenvolver mas é muito mais dificil conseguir apoio para ir.
Tirando essa parte, eu gostei do resto da entrevista. Achei bom ler o presidente da CBB falar. Mas achei ele meio em cima do muro em várias coisas.
Talvez seja pela sua posição. Mas enfim, vamos ver 2010. 2009 foi o melhor dos ultimos nao sei quantos anos pro basket.
Muito bacana a entrevista, abrangente e completa! Mas tem alguns pontos que me deixam intrigados, como o caso Iziane (a pergunta do Rodrigo já diz tudo pra mim) e essa ideia de seleção permanente (o que essa ideia traria de bom?). MAs, enfim, acredito que o trabalho dessa nova direção caminha para um lado bem mais racional e honesto que a anterior. E eles parecem que querem trabalhar!!!
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